O procurador-geral do Egito, Hisham Barakat, ordenou nesta terça-feira o julgamento de 16 pessoas acusadas de protagonizar atos de violência nos arredores de um estádio de futebol em fevereiro, no Cairo, que causaram a morte de mais de 20 torcedores.
A agência oficial de notícias Mena informou que parte dos envolvidos são integrantes da organização islamita Irmandade Muçulmana e que o resto faz parte do grupo ultra "White Knights" do clube Zamalek. Entre os acusados, 12 estão detidos e os outros quatro foragidos, acrescentou a agência.
Segundo as investigações, "a Irmandade Muçulmana, em empenho para destruir a estabilidade do país, aproveitou os laços de alguns de membros com o grupo ultra do Zamalek e forneceu dinheiro e explosivos para causarem atos de violência durante as partidas da liga".
A Procuradoria declarou que o objetivo disso era espalhar o pânico entre as pessoas e paralisar a atividade futebolística. A agência informou que os acusados admitiram ter participado dos crimes e que também planejaram e financiaram os atos.
Alguns integrantes do "White Knights" admitiram ter recebido dinheiro de alguns membros da Irmandade Muçulmana para realizar atos de violência durante o jogo. Por isso, a Procuradoria os acusa de cometer atos de violência, assassinatos premeditados, ataques a edifícios e instalações públicas e privadas e posse de explosivos.
Os incidentes ocorreram durante uma partida da primeira divisão do Campeonato Egípcio entre Zamalek e ENPPI, no Cairo. Segundo o Ministério do Interior, a polícia teve que intervir para evitar danos na propriedade pública depois que torcedores de ambas as equipes queimaram viaturas oficiais e, sem ingresso, tentaram invadir o estádio, que estava limitado a 10 mil pessoas.
Fonte: Terra