O dólar fechou em alta nesta segunda-feira (2) e voltou a se aproximar do patamar de R$ 2,90, com investidores ajustando suas posições à oferta menor de proteção cambial após o Banco Central sinalizar que não deve repor completamente os swaps cambiais que vencem em abril, ao contrário do que tem feito nos últimos meses, destaca a Reuters.
A moeda norte-americana avançou 1,37%, negociada a a R$ 2,8951 na venda, após atingir R$ 2,8960 na máxima do dia. Com isso, a divisa anulou todo o recuo de 1% apurado na véspera.
A cotação de fechamento desta segunda-feira é a maior desde meados de setembro de 2004. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 700 milhões
Investidores continuavam demonstrando preocupação com a deterioração dos fundamentos macroeconômicos do país, que ofuscava os fatores de alívio nos mercados externos e a menor apreensão com o ajuste fiscal no Brasil, destaca a Reuters.
Após o fechamento de sexta-feira, o BC anunciou que ofertaria nesta sessão até 7,4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, para rolar os contratos que vencem em 1º de abril. A autoridade monetária vendeu integralmente a oferta.
Se mantiver esse ritmo até o penúltimo pregão do mês, como de praxe, a autoridade monetária rolará perto de 80% doclote total, equivalente a US$ 9,964 bilhões. Nos últimos meses, o BC vinha fazendo rolagens integrais.
Nesta manhã, o BC também deu continuidade às intervenções diárias vendendo a oferta total de até 2 mil swaps, com volume correspondente a US$ 98,3 milhões. Foram vendidos 1.300 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 700 para 1º de fevereiro de 2016.
"Passou a época do dólar barato", disse à Reuters o diretor de câmbio da corretora Pioneer, João Medeiros, para quem o câmbio deve continuar pressionado no curto prazo.
Fonte: G1