Cidades

Decretada calamidade em Brasiléia, no AC

Foto: Gleilson Miranda

 

A cheia do Rio Acre atingiu nesta segunda-feira (23), 100% da cidade de Brasiléia (AC), distante 232 km de Rio Branco. Considerada a pior cheia da história da cidade, a prefeitura do município decretou estado de calamidade pública. O nível do manancial atingiu 14,85 metros nesta segunda, marca superior à registrada em 2012 (14,77).

De acordo com o governo do estado, 13 bairros foram atingidos diretamente pela cheia, parte da energia foi suspensa, o sistema bancário caiu e a comunicação via celular de três operadoras está interrompida. O número de famílias afetadas chega a 577, entre desabrigadas e desalojadas. Um total de 1.880 pessoas. Dentre o quantitativo de famílias, 251 estão desabrigadas. O rio está 3,41 metros acima da cota de transbordamento, que é de 11,40 metros. Em Epitaciolância, cidade vizinha, 60 famílias estão desabrigadas e 702 pessoas foram atingidas.

Por causa da cheia, o hospital Raimundo Chaar, localizado na Rua Prefeito Rolando Moreira, um dos locais atingidos pela enchente, está atendendo apenas procedimentos de urgência e emergência, de acordo com a Secretaria de Saúde do estado.

A água também invadiu outros órgãos públicos, como o INSS, o Tribunal de Justiça, prédio do TRE.

Na noite desta segunda-feira (23), a Eletrobras Distribuição Acre interrompeu o fornecimento de energia para toda a cidade de Brasiléia. De acordo com a concessionária, a interrupção tem previsão para durar cerca de três horas, até que a Defesa Civil faça a limpeza dos balseiros na ponte que liga a cidade à Epitaciolândia.

Xapuri decreta estado de emergência
A cerca de 44 km de Brasiléia, no município acreano de Xapuri, a Prefeitura decretou estado de emergência, nesta segunda-feira (23). Depois que o nível do Rio Acre chegou a 15,59 metros, ficando mais de dois metros acima da cota de transbordamento de 13,40 metros e cobrindo cerca de 15% da área urbana da cidade.

Ao todo, 280 famílias foram atingidas pela cheia no município, destas, 82 precisaram ser retiradas de suas casas. Nos abrigos públicos, encontram-se 59 famílias, o restante está na casa de amigos ou parentes.

De acordo com o prefeito de Xapuri, Marcinho Miranda, a tendência é que assim como em Brasiléia, o rio continue a subir. "Está chovendo muito na região e dificilmente teremos vazante agora. O rio está subindo cerca de quatro centímetros por hora, estamos muito preocupados porque a situação está se agravando", afirma.

Fonte: G1

Redação

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