A Itália investiga se uma criança de três anos que foi sequestrada por seu pai há um ano, está com os jihadistas do EI (Estado Islâmico), após ter sido reconhecida pela mãe em fotografias exibidas na televisão.
Os Carabineiros antiterrorismo de Padova, no norte do país, investigam as fotografias mostradas na quinta-feira (18) por um programa de televisão em que é possível ver uma criança junto de membros do EI.
A mãe, Linda Solano Herrera, cubana que vive há dez anos na Província de Belluno, denunciou em novembro de 2013 que seu ex-marido, Ismar Mesinovic, de origem bósnia, tinha sequestrado seu filho Ismail e viajado à Síria para se unir aos jihadistas.
Ela ainda contou que familiares de seu marido na Bósnia a informaram por mensagens de texto que ele tinha morrido em combate, mas que a criança estava bem.
O caso despertou o interesse do programa AnnoUno, do canal de televisão italiano A7, que mostrou duas fotografias encontradas em foros jihadistas ligados ao Estado Islâmico em que aparecia uma criança que poderia ser Ismail.
"A mim me parece que é ele. O coração de uma mãe nunca erra", explicou a mãe do pequeno em entrevistas publicas hoje nos jornais La Repubblica e Corriere della Sera.
Uma das fotos mostra uma criança vestida de miliciano com uma metralhadora de brinquedo e de mãos dadas com quem parece ser um soldado do EI, e na outra o menino está com um casaco preto e uma venda com o símbolo dos combatentes jihadistas subindo em uma moto com, segundo os investigadores, Said Colic, veterano bósnio que lutou no conflito na Síria.
Solano Herrera acrescentou que sempre que deixava seu filho com o pai ele voltava sem inconvenientes e que nada a fazia temer que o marido pudesse sequestrá-lo ou se unir ao Estado Islâmico, e que mesmo sendo religioso e frequentando o centro islâmico duas vezes por semana "não era um fanático".
Fonte: R7