Em audiência pública, o governador eleito Pedro Taques (PDT) apresentou um balanço geral das movimentações orçamentárias da atual gestão, na manhã desta segunda-feira (22). Segundo dados feitos pela equipe de transição do pedetista, houve um ‘rombo’ de R$ 1,7 bilhão além da dívida que chega a R$ 768 milhões aos cofres públicos.
Estudos feitos nos últimos três meses revelaram números orçamentais ‘preocupantes’ à próxima gestão. Conforme o futuro secretário de planejamento, Marcos Marrafon, as frentes da atual gestão trabalham de forma individual e que, quando se juntam, há um choque de entendimento. "Há contratos sem orçamento previsto. Contratos estes que saberemos o valor real somente quando assumirmos o Governo. A desorganização é um grande obstáculo".
Ele ainda especificou os déficits orçamentários diagnosticados conforme o levantamento. “O que nós temos é um déficit orçamentário de aproximadamente R$ 1,7 bilhões, sendo em torno de R$ 800 bilhões com o pessoal sem cobertura, R$ 600 milhões custeio da secretaria em relação a Lei Orçamentária de 2014 e também sem previsão orçamentária, e em torno de R$ 400 milhões com o custo da dívida consolidada que não está previsto no orçamento que nós temos em mãos. A gente não tem previsão orçamentária, e não tem dinheiro suficiente no caixa para pagar esta conta”.
Além de Marrafon, outros cinco secretários apresentaram o balanço das pastas mais importantes do executivo, como Saúde, Segurança, Educação, Meio Ambiente e Projetos Estratégicos. Quem também apresentou números foi o vice-governador, Carlos Fávaro (PP), que representou o futuro secretário de Infraestrutura, Marcelo Duarte. Ele transpareceu a situação das estradas de Mato Grosso.
Taques foi cauteloso em dizer que a apresentação dos números se trata de uma denúncia. Para ele, o processo é importante para que haja transparência nos índices orçamentários no executivo e que a meta é normalizar as contas em 2016.
“O ano de 2015 não será um bom ano, economicamente, para Mato Grosso, mas nós temos que trabalhar muito. Estamos preocupados, mas estou esperançoso. Dá para ser feito muito, trabalhando firmemente, cortando gastos e combatendo a corrupção. Investindo nas áreas prioritárias, na saúde, educação e segurança, para que o cidadão tenha o essencial”.
Uma nova audiência pública está marcada para o dia 2 de janeiro, o qual deve ser apresentado mais dados levantados pela equipe de transição.