Foto: Gilberto Leite/Rdnews
A primeira reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Cooperativa Agroindustrial de Mato Grosso (Cooamat) deve acontecer nesta terça-feira (18), as 15h30. Os parlamentares irão investigar as suspeitas de sonegação de impostos da cooperativa, que tem como sócio o “rei da soja” Eraí Maggi (PP).
Na reunião da CPI presidida pelo deputado Alexandre César (PT), os membros irão apresentar, além do cronograma de trabalho, os requerimentos de convocação que serão apreciados. O principal depoimento deverá ser o de Eraí.
Além do petista, a comissão é formada pelos deputados: Hermínio Jota Barreto (PR), na vice-presidência, Emanuel Pinheiro (PR), como relator e Dilmar Dal Bosco (DEM), que irá atuar como relator adjunto.
Correndo contra o tempo, os membros da CPI buscam concluir os trabalhos, e apresentarem o relatório, em no máximo 40 dias. A Assembleia Legislativa (ALMT) entrará em recesso no próximo dia 21 de dezembro, e a legislatura dos parlamentares termina no dia 31 de janeiro do ano que vem.
Investigação
As investigações irão apurar se a cooperativa foi usada para operações fraudulentas que chegariam à R$ 500 milhões. De acordo com Riva, autor das denúncias, consta mais de 200 procedimentos e infrações na Secretaria de Fazenda (Sefaz).
O principal alvo da CPI será o empresário e “rei da soja”, Eraí Maggi, um dos sócios da Cooamat. Além dele outros sócios, como parentes e funcionários do Grupo Bom Futuro, também serão convocados a prestarem esclarecimentos.
A Cooamat foi a maior beneficiária das operações de Pepro de milho (espécie de subsídio) do Centro-Oeste em 2013, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no valor de R$ 40,5 milhões. Em segundo lugar, está o ex-prefeito de Primavera do Leste Getúlio Viana, com R$ 22,2 milhões. Eraí Maggi aparece em terceiro lugar, com R$ 18,4 milhões. Somente na sexta colocação aparece outra cooperativa, a Coop Merc Ind Prod Milho, com R$ 14,3 milhões.