Internacional

Promotoria sul-coreana quer pena de morte para capitão de balsa

A promotoria da Coreia do Sul pediu nesta segunda-feira (27) pena de morte para o capitão da balsa Sewol, que naufragou em abril no país, matando 304 pessoas. Ele é acusado de homicídio por negligência grave.A promotoria o acusa de ser mentiroso e ter abandonado os passageiros à própria sorte.O capitão e 14 integrantes de sua tripulação estão sendo julgados em Gwangju. Também foi pedida prisão perpétua para três dos tripulantes de maior hierarquia e penas de prisão de 15 a 30 anos para outros 11.

O julgamento do capitão Lee Joon-Seok e sua tripulação está chegando ao fim, com os interrogatórios dos 15 réus. Sessenta parentes dos mortos no naufrágio assistem à sessão.Lee, de 69 anos, "fugiu do barco sem fazer o menor esforço para resgatar aos passageiros", afirmou a equipe da promotoria em suas alegações ante a corte."Buscou desculpas e mentiu. Não demonstrou arrependimento e por isso pedimos que seja condenado à morte", afirmou o promotor.

O ferry de 6.825 toneladas Sewol transportava 476 pessoas – em sua maioria estudantes secundaristas que faziam uma excursão – quando afundou perto do litoral sul em 16 de abril. Apenas 174 pessoas foram resgatadas com vida.A catástrofe foi considerada o resultado de uma combinação de excesso de carga, design fora dos padrões e péssima navegação, mas as acusações mais graves contra Lee e seus tripulantes estão relacionadas com a forma como os oficiais agiram quando a embarcação começou a ter problemas.

Eles foram os primeiros a subir nos botes de resgate e foram denunciados publicamente por ter abandonado centenas de passageiros que permaneceram a bordo sem ter noção do que estava acontecendo.A opinião pública ficou ainda mais revoltada quando foi revelado que os tripulantes instruíram os passageiros a permanecer onde se encontravam, enquanto o ferry se inclinava perigosamente.Segundo a promotoria, esta decisão contribuiu para o elevado número de mortos.De acordo com a imprensa local, a sentença deve ser conhecida entre os dias 10 e 12 de novembro. Dia 14 termina o prazo legal para manter o grupo detido.

G1

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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