Cidades

Brasil tem risco baixo de importar caso de ebola, sugere estudo

Um estudo que tem um brasileiro entre os autores sugere que é baixo o risco de o Brasil importar um caso de ebola até o fim deste mês. Com um método que analisa o tráfego aéreo global e o ritmo de propagação do ebola pelo mundo, os cientistas criaram uma lista com 30 nações com maior probabilidade de registrar casos, em que o país figura em último lugar.A investigação científica, foi feita pelo Laboratório para Modelagem de Sistemas Biológicos e Sócio-técnico (MoBS Lab), da Universidade Northeastern, dos Estados Unidos. Ela conta com o brasileiro Marcelo Gomes, que é de Porto Alegre (RS).

O grupo desenvolveu um método que avalia a progressão da epidemia na África ocidental e sua propagação internacional, baseado no atual ritmo de contaminação e no fluxo de passageiros ao redor do mundo, que facilita a dispersão do vírus.Os resultados, publicados pelo periódico PLoS Currents Outbreaks mostram que, até 31 de outubro, o Brasil tem um pequeno risco de importar o vírus. Gana, Estados Unidos, França, Senegal, Costa do Marfim e Reino Unido encabeçam a lista.A pesquisa aponta que na Europa é alta a chance de alguns países serem atingidos pela epidemia até o fim do mês. Na França, a probabilidade do país importar o vírus até 24 de outubro é de 75%. Na Grã-Bretanha, de 50%. As informações são da Reuters.

Em um outro modelo, que considera uma redução de 80% no tráfego aéreo internacional entre o Brasil e os países da África Ocidental mais afetados pela doença, o risco de registrar um caso diminui e faz com que deixa o país fique de fora da lista dos 30.Com as restrições ao tráfego aéreo, essas probabilidades caem para 25% na França e 15% na Grã-Bretanha.Os dados mais recentes, atualizados no último dia 6, calculam o risco de importação de casos da doença até 31 de outubro. Os pesquisadores vão divulgar atualizações constantemente no site do laboratório americano.

Balanço do ebola 
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 3 de outubro foram registrados 3.439 mortes causadas pelo ebola e 7.492 casos de contaminação.A maioria deles foi registrada na Libéria, seguido de Serra Leoa e Guiné. O levantamento da agência das Nações Unidas contabiliza ainda o primeiro caso confirmado da doença nos Estados Unidos.

Nesta semana, a Espanha confirmou o primeiro caso de contaminação fora da África. Uma enfermeira, que cuidou de dois missionários doentes (era missionários em países onde há epidemia de ebola) foi internada com a doença.Outras três pessoas foram hospitalizadas no país e são monitoradas sob a suspeita de terem contraído o vírus letal, disseram autoridades de saúde espanholas.

Brasil não registrou nenhum caso até agora
O período de incubação da doença, segundo o ministério, pode variar de 1 a 21 dias e sua transmissão ocorre somente após o início dos sintomas, por meio do contato direto com sangue e/ou secreções da pessoa infectada (incluindo cadáveres), assim como por contato com superfícies ou objetos contaminados.

São consideradas suspeitas pessoas que estiveram em algum dos países citados acima nos últimos 21 dias e que apresentem febre de início súbito, acompanhada de sinais de hemorragia.O Ministério da Saúde disponibilizou canais de contato para notificação imediata por parte dos profissionais de saúde de casos suspeitos pelo número de telefone: 0800 644 6645 ou pelo email: notifica@saude.gov.br.

G1

Redação

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