Cidades

Sistema de saúde britânico usará remédio para tratar alcoolismo

Uma droga que reduz a dependência de álcool vai ser disponibilizada pelo Sistema Nacional de Saúde do Reino Unidopara 600 mil pessoas da Inglaterra e País de Gales. O medicamento Nalmefene foi recomendado nesta quinta-feira (2) pelo Instituto Nacional para a Saúde e Excelência em Cuidados (Nice, em inglês) e deve ser fornecido para tratamento.

Também chamado de Selincro, o remédio é fabricado pelo laboratório Lundbeck. Cada comprimido custará cerca de 3 libras (quase R$ 12). A droga é licenciada para pessoas que vão aliar seu uso ao apoio psicossocial.

De acordo com Carole Longson, representante do Nice, os que usarem o Nalmefene já terão dado grandes passos contra a dependência do álcool. “Temos o prazer em recomendar o seu uso para apoiar pessoas em seus esforços contra a dependência”, explica a especialista na nota divulgada pela instituição britânica.

Até o fim de novembro, está prevista a divulgação da orientação final sobre uso do remédio, além de informações sobre financiamento do tratamento. A expectativa é que a pessoa em tratamento utilize um comprimido ao dia.

Problema grave

Mais de 3 milhões de pessoas morreram em decorrência do consumo de álcool em 2012, por causas que variaram desde câncer até a violência, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em média, de acordo com a agência das Nações Unidas, cada pessoa no mundo com 15 anos ou mais bebe 6,2 litros de álcool puro por ano. Mas menos de metade da população – 38,3% – bebe. Ou seja, aqueles que de fato bebem consomem uma média de 17 litros de álcool puro por ano. Pessoas mais pobres são geralmente as mais afetadas pelas consequências sociais e à saúde ocasionadas pelo uso da substância, disse ele.

O relatório global sobre álcool e saúde cobriu 194 países e observou o consumo de álcool, seus impactos na saúde pública e repostas de políticas de combate. O estudo descobriu que alguns países estão reforçando suas medidas para proteger as pessoas do consumo exagerado. Elas incluem o aumento de impostos sobre o álcool, a limitação da disponibilidade do produto por meio da imposição de limites de idade e a regulamentação da divulgação.

Globalmente, a Europa tem o maior consumo de álcool por pessoa. A OMS disse que a análises de tendências globais mostra que o consumo tem sido estável nos últimos cinco anos na Europa, na África e nas Américas. Mas tem crescido no Sudeste Asiático e na região ocidental do Pacífico.

Bem Estar

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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