Nacional

Sem reajuste, rodoviários entram em greve no DF em dia de jogo da Copa

 
Em nota, a concessionária que representa as empresas responsáveis por três das cinco bacias afirmou que não pagou o reajuste porque o GDF descumpriu o acordo feito na reunião. Segundo a organização, a Secretaria de Transportes havia se comprometido a repassar o valor referente ao aumento até 30 de junho, o que não ocorreu. A pasta informou que não vai comentar o assunto até o fim da reunião com os empresários.
 
A manifestação começou na sexta, quando os funcionários da Viação Piracicabana, responsável por uma das cinco bacias, cruzaram os braços. Pouco depois, os empregados da Pioneira também pararam. O secretário de Transportes, José Valter Vazquez, chegou a se reunir pela tarde com o sindicato da categoria e com os empresários, mas não houve avanço nas negociações.
 
“Infelizmente aconteceu neste momento algo de que nós não temos culpa. Com ou sem jogo, hoje fica tudo parado. Infelizmente, não tivemos saída”, disse o diretor de imprensa do Sindicato dos Rodoviários, João Jesus de Oliveira. “O GDF acaba jogando essa responsabilidade para a gente, mas o sindicato fez de tudo para evitar que isso acontecesse. Tivemos conversas com empresários, secretaria e empresários, mas não evoluiu.”
 
O reajuste deveria beneficiar cerca de 11 mil rodoviários, que  teriam aumento de 20% no salário, 20% no tíquete-alimentação e 40% na cesta básica. De acordo com o sindicato, o salário incial de um motorista, que é de R$ 1,6 mil, vai pra R$ 1,9 mil com o reajuste. Já o tíquete-alimentação vai subir de R$ 347 para R$ 416, e a cesta básica, de R$ 140 para R$ 196.
 
Nesta sexta, os rodoviários usaram os ônibus para fechar o acesso ao Terminal do Cruzeiro. Havia cerca de 80 rodoviários paralisados desde 8h40 no local. Morador do Cruzeiro Velho, José Rodrigues viu a paralisação como "falta de respeito". Aguardando ônibus para ir para o trabalho, ele se queixava da falta de transporte.
 
"Vou voltar para casa. Não sei se vai ter ônibus para voltar", declarou Rodrigues na ocasião. Ele também reclamou que os motoristas não têm respeitado o itinerário das linhas.
 
Bacias de transporte público
 
O sistema de transporte público do DF foi dividido em cinco bacias. A primeira delas é de responsabilidade da Viação Piracicabana e atende o Plano Piloto, Sobradinho, Planaltina, Cruzeiro, Sobradinho II, Lago Norte, Sudoeste/Octogonal, Varjão e Fercal.
 
A bacia 2 conta com 640 ônibus e atende Gama, Paranoá, Santa Maria, São Sebastião, Candangolândia, Lago Sul, Jardim Botânico, Itapoã e parte do Park Way. A bacia 3 tem uma frota de 483 ônibus e atende Núcleo Bandeirante, Samambaia, Recanto das Emas, Riacho Fundo I e Riacho Fundo II.
 
A  bacia 4 conta com 464 veículos, que atendem parte de Taguatinga, Ceilândia, Guará, Águas Claras e parte do Park Way. A bacia 5 é responsável por Brazlândia, Ceilândia, SIA, SCIA, Vicente Pires e parte de Taguatinga e terá 576 coletivos.
 
G1

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Nacional

Comissão indeniza sete mulheres perseguidas pela ditadura

“As mulheres tiveram papel relevante na conquista democrática do país. Foram elas que constituíram os comitês femininos pela anistia, que
Nacional

Jovem do Distrito Federal representa o Brasil em reunião da ONU

Durante o encontro, os embaixadores vão trocar informações, experiências e visões sobre a situação do uso de drogas em seus