De acordo com o presidente da Sociedade dos Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega (Saara), Ênio Bittencourt, os artigos para o Dia dos Namorados e a Festa Junina estão encalhados nas lojas.
“Esta semana [a venda para a Copa] aumentou bastante. A cada dia está aumentando. Só estamos vendendo verde e amarelo. O comércio tem esses problemas, está funcionando bem, de repente tem uma queda, depois sobe outra vez. É normal. Nas copas anteriores, o movimento era contínuo, não baixava. Nessa, houve muita campanha contra a Copa no Brasil”, disse.
O comerciante Felipe Quirilos, de 37 anos, explicou que o movimento está abaixo do esperado. No entanto, ele acredita que se o Brasil chegar à final, que ocorre no dia 13 de julho, o lucro pode ser maior do que nos mundiais anteriores.
“Está saindo de tudo. Corneta, bandeira, óculos, chapéu, tudo. O pessoal se animou de sábado passado [7] para cá. Geralmente, [o pessoal] deixa para a última hora. Começou muito tarde a vender. Se o Brasil for até o final, acredito que a gente consiga vender tudo. Se não for, todo mundo vai ter prejuízo”, acrescentou.
O auxiliar de portaria Rogério Fernandes, 41 anos, disse que foi ao Saara comprar os adereços para a sua família torcer junta pelo Brasil na Copa. “Comprei um cachecol, uma corneta, um uniforme para cada um dos meus filhos. Falta comprar a camisa para a minha esposa e mais um chapeuzinho para eles também. É o hexa”.
O militar Luciano Augusto, 38 anos, mostrou-se um torcedor mais cauteloso, acreditando na vitória do jogo de hoje, contra a Croácia, mas não em um favoritismo absoluto da seleção brasileira. “Questão de patriotismo. É muito especial saber que a Copa do Mundo está sendo feita aqui, no nosso país, e estou presenciando. Questão de costume brasileiro, tudo em cima da hora, no último momento, não tem jeito. É uma falha que temos”.
O primeiro jogo da Copa do Mundo de 2014 ocorre hoje, às 17h, na Arena Corinthians, popularmente conhecido como Itaquerão. O Brasil tem três confrontos na primeira fase da competição: com a Croácia, o México e Camarões.
Agência Brasil