Na região, o tráfego já era complicado na Rodovia Dom Pedro I (SP-065) devido a horário de pico e obras na via. Já na Rodovia Zeferino Vaz, foi registrada lentidão próximo ao km 114, no trecho conhecido como Tapetão, segundo a Rota das Bandeiras.
Manifestação
Os funcionários suspenderam as atividades no dia 23 de maio, após a decisão do Cruesp de congelar os salários de trabalhadores e docentes das universidades estaduais. A manifestação desta terça fechou as portarias que dão acesso à universidade pelas avenidas ÉricoVeríssimo, que dá acesso próximo à Faculdade de Educação Física (FEF), e Albert Einstein, ao lado da Praça da Paz, para entrega de panfletos à comunidade.
Além disso, as portarias que dão acesso ao Hospital das Clínicas (HC) pela Rodovia Dom Pedro I também foram interditadas. De acordo com o sindicato, a portaria que dá acesso ao HC pelo distrito de Barão Geraldo permanece aberta.
A estatística Paola Tame tentava deixar o campus quando as guaritas foram fechadas pelos trabalhadores. Ela conta que tentou sair pela portaria próximo à FEF, mas que só conseguiu sair na guarita do HC. "A sorte é que tinha uma ambulância, então eles abriram e a gente conseguiu passar. Mas tava tudo parado", conta ela.
Passeata
Às 10h10, os funcionários liberaram as duas guaritas que dão acesso ao Hospital das Clínicas pela Dom Pedro I. Segundo o sindicato, os trabalhadores começaram uma passeata que deve percorrer o campus e chegar até o prédio da reitoria. As portarias da universidade no distrito de Barão Geraldo permanecem fechadas.
Até a publicação desta reportagem, a Unicamp não se manifestou sobre o fechamento das guaritas. De acordo com a assessoria de imprensa da Rota das Bandeiras, concessionária responsável pelas rodovias do Corredor Dom Pedro, foi registrada lentidão próximo ao km 114 da Rodovia Zeferino Vaz, no trecho conhecido como Tapetão. Já na Rodovia Dom Pedro I, a concessionária informou que a lentidão foi causada pelo excesso de veículos em horário de pico, além de obras realizadas na rodovia. A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) informou que há reflexos no trânsito do distrito de Barão Geraldo, mas não há um balanço ainda.
Reitor contra reajuste zero
Pela primeira vez desde o início da greve de trabalhadores e docentes, o reitor da Unicamp, José Tadeu Jorge, se manifestou nesta segunda-feira (9) contra o reajuste zero para as categorias das universidades estaduais. Apesar da postura, o gestor não quis revelar o percentual de aumento que ele deve levar para a nova rodada de negociações no Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp).
Na sexta-feira (6), o Cruesp publicou um ofício com a decisão de agendar uma reunião com o Fórum das Seis "desde que não haja obstruções e invasões (ocupações) em qualquer dependência das três Universidades". No entanto, não há menção à data possível para a reunião no documento.
Greves na Unicamp
A adesão de professores à greve chega a 65%, segundo a Adunicamp, entidade que representa a categoria. Os docentes permanecem em greve desde o dia 27 de maio. Já os funcionários permanecem parados desde 23 de maio e a adesão é de 75%, segundo o Sindicato dos Trabalhadores (STU).
Os quatro restaurantes universitários ficaram fechados desde a terça-feira (3) e um deles permanece reaberto. A greve de funcionários também provocou atrasos no agendamento de consultas e exames pelo HC, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU).
A Unicamp informou que na área de saúde não houve reflexos na realização de consultas, exames ou cirurgias, embora tenha sido registrado um atraso de aproximadamente 30 minutos no agendamento de consultas e exames. De acordo com a assessoria de imprensa da universidade, a paralisação de professores e funcionários atinge 15% da instituição – não há balanço específico sobre adesão dos docentes.
G1