De acordo com a PF, durante as investigações da Operação Athos, um núcleo responsável por financiar o tráfico foi identificado e um dos integrantes estava diretamente ligado a fraudes bancárias, que podem chegar a R$ 120 milhões em um ano.A quadrilha, considerada uma das principais distribuidoras de drogas do país, segundo a PF, comprava os entorpecentes na Bolívia e no Paraguai, fazendo o transporte de avião para o interior do estado de São Paulo. Depois, eram distribuídos em Minas Gerais, Rio de Janeiro e região Nordeste do país.
Os criminosos movimentaram milhões de reais, utilizando contas bancárias, serviços de doleiros e dinheiro em espécie e fazendo a lavagem dos lucros por meio de empresas de transporte de passageiros e de comércio em geral. Além de documentos falsos, a quadrilha também contava com uma rede de tráfico de influências, que ajudava na manutenção das atividades criminosas.
A PF informou que, para desarticular o poder econômico da quadrilha, medidas judiciais foram tomadas como o bloqueio de valores e ativos depositados em instituições bancárias em titularidade de 28 CPFs e quatro CNPJs; sequestro de todos os bens imóveis e veículos em nome das mesmas pessoas físicas e jurídicas; além do sequestro de patrimônio já identificado dos investigados, incluindo cinco aeronaves, quatro lanchas de luxo, uma moto aquática, 11 imóveis e 14 veículos. Todos os bens foram avaliados em cerca de R$ 70 milhões.
A PF ainda apreendeu 594 quilos de cocaína (pasta base e cloridrato), cerca 1,5 tonelada de maconha, uma pistola calibre .380, munição, seis veículos, um caminhão, R$ 203.695, US$ 390.228, tendo prendido em flagrante 16 pessoas e detido uma, por transporte de numerário advindo do tráfico de drogas.O nome Athos vem da mitologia grega. Athos era um dos gigantes, filho de Gaia e Urano, que, em uma batalha, jogou uma montanha sobre Zeus. Daí o significado do nome Athos, "aquele que nada teme".
G1