A concentração do evento acontece a partir das 14h, na Praça Alencastro, na Capital e a previsão é de uma caminhada a partir das 16h20, por ruas e avenidas da região central da Cidade.
“Entendendo que alguns tipos de drogas são impossíveis de serem erradicadas, tendo em vista os milênios de uso de substâncias alucinógenas pela civilização, em detrimento de menos de um século de proibicionismo. Por isso, defendemos uma nova política de drogas para o nosso país”, disse um dos organizadores do evento ao Circuito Mato Grosso.
Ele disse ainda, defender uma política onde o Estado poderia se apropriar da principal fonte de financiamento do tráfico, utilizando os recursos em políticas voltadas à saúde pública e também à educação preventiva.
Mais do que um dia de marcha nas ruas, os mobilizadores do evento buscam estabelecer um grupo de discussões que atue frequentemente, promovendo encontros e debates em diferentes pontos de Cuiabá e Várzea Grande, tal como ocorreu nesta semana no saguão do Restaurante Universitário da UFMT.
“Isso é muito importante, para que possamos aperfeiçoar essas novas politicas, que já são realidade. Um Projeto de Lei do deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) e um estudo encomendado pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF), bem como a discussão no âmbito da Anvisa demonstram que a mudança já é real e iminente”, salientou.
Avanços
Uma das bandeiras também levantadas pelos mobilizadores está relacionada ao potencial medicinal da Cannabis sativa, nome científico da planta que produz a maconha.
“Entendemos que a planta tem um imenso potencial medicinal e pode ser utilizada para o tratamento de inúmeras doenças, haja visto que a Anvisa já colocou em discussão a possível liberação de medicamentos a base de compostos isolados da maconha”, lembrou o organizador.
Até a tarde desta sexta (30), pouco mais de 470 pessoas confirmaram participação na Marcha, em uma página na rede social Facebook, por meio da qual o evento está sendo divulgado.