Nacional

Assembleias decidem rumos de paralisações no Rio

 
Transporte público
Nesta terça-feira (27), rodoviários dissidentes do Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Urbano (Sintraturb) devem decidir se farão novas paralisações. Eles têm assembleia marcada para as 16h na Candelária, Centro do Rio. Antes, às 14h, têm reunião no Ministério Público do Trabalho (MPT). A categoria considera iniciar um movimento de "catraca livre" em substituição às paralisações. Com isso, os passageiros entrariam pela porta de trás dos ônibus sem pagar passagem. O objetivo é manter o movimento reivindicatório sem prejudicar diretamente a população que depende do transporte público.
 
Saúde
Também nesta terça, os servidores estaduais da saúde, que já estão sob indicativo de greve, realizam, no Centro do Rio, um ato público seguido de assembleia. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Rio de Janeiro (Sindsprev), os servidores lutam por reajuste, incorporação de gratificações, plano de carreira e melhor condição de trabalho.
 
Também representados pelo Sindsprev, os servidores federais da saúde iniciaram nesta segunda-feira (26) greve por tempo indeterminado. No entanto, segundo a entidade, cada unidade terá assembleias próprias para definir o rumo do movimento. Até a tarde desta segunda-feira, segundo o Sindsprev, a adesão dos servidores federais afetava o atendimento no Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Centro, no Hospital Federal dos Servidores do Estado, também na área Central da cidade, no Instituto Nacional de Cardiologia, em Laranjeiras, na Zona Sul, e no Hospital Federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, Zona Oeste. Parte do Hospital Federal de Ipanema, na Zona Sul, também tem adesão ao movimento grevista, além do Núcleo Regional do Ministério da Saúde.
 
Educação
Nesta quarta-feira (28), os professores da rede municipal pretendem acompanhar a reunião entre a Prefeitura e a Secretaria Municipal de Educação, com o objetivo de pressionar pela negociação. Na sexta-feira (30), eles se unem aos servidores da rede estadual para mais uma assembleia unificada da categoria, que decidiu, na sexta-feira (23), manter a greve por tempo indeterminado. Nesta segunda-feira (26), o coordenador-geral do Sindicato Estadual de Profissionais de Educação (Sepe), Alex Trentino, afirmou que a adesão à greve é de 55% no município e de 30% nas unidades do estado. 
 
No entanto, as secretarias municipal e estadual de Educação voltaram a afirmar, nesta segunda, que os professores faltosos não passam de 0,2%. Os grevistas afirmam que os governos não cumpriram o acordo firmado após a greve de 70 dias no ano passado.A greve também segue mantida para os professores e funcionários do Colégio Pedro II, uma das instituições de ensino mais antigas do Brasil, fundado pelo Imperador do Brasil Dom Pedro II há 176 anos.
 
IBGE
Categoria que também definiu greve é a dos servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Três unidades do órgão no Rio foram afetadas a partir desta segunda: Parada de Lucas, no Subúrbio; avenidas Beira Mar e Franklin Roosevelt, ambas no Centro. Em pelo menos outros oito estados a greve também acontece entre os servidores do IBGE. De acordo com o Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Fundações Públicas Federais de Geografia e Estatísticas (ASSIBGE-SN), os servidores exigem que IBGE seja tratado como órgão de Estado e não de governo, cobram autonomia técnica, reforço no orçamento condizente com plano de trabalho, valorização salarial e patamar do ciclo de gestão.
 
Segurança
Os vigilantes bancários, em greve há quase um mês, também seguem mobilizados na luta por melhorias nos salários e nas condições de trabalhos. Uma audiência prevista para a sexta (23) entre o sindicato da categoria e a entidade patronal não aconteceu devido à ausência de representantes dos patrões. Por causa da paralisação, inúmeras agências bancárias na capital fluminense têm o atendimento restrito a operações que não exijam transação em espécie.
A Segurança Pública, no entanto, parece a salvo de greve por enquanto. Isso porque na sexta o governador Luiz Fernando Pezão garantiu aos policiais civis, que iniciaram paralisação, que encaminhará ao Legislativo, até 12 de junho, Projeto de Lei que determine a incorporação de uma gratificação de R$ 850 ao salário-base da categoria. 
 
O Sindicato dos Policiais Civis disse que novas paralisações estão descartadas até a data estabelecida pelo governador.Os policiais militares, por sua vez, oficialmente descartam intensão de greve. Porém, o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro instaurou procedimento administrativo para investigar a denúncia de que policiais militares estariam convocando uma greve para o dia 15 de junho. O movimento estaria sendo convocado por um aplicativo de mensagens instantâneas.
 
O Coordenador do Grupo de Controle Externo da Atividade Policial, o procurador da República Fernando Aguiar lidera a investigação. Segundo ele, "não será tolerada qualquer tipo de paralisação por parte da Polícia Militar, pois isso é um atentado inaceitável ao Estado Democrático de Direito e a nossa Constituição". Em nota, o procurador afirmou ainda que vai adotar as medidas judiciais federais cabíveis com eventual prisão dos líderes grevistas.
 
G1

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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