O presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Altamiro Borges, lembrou que a juventude brasileira, em particular, se mostrava bastante participativa mesmo antes do surgimento das redes sociais.
“A juventude sempre esteve nas ruas. Não é de agora e não é um fenômeno das redes sociais”, disse, ao destacar a participação de jovens em movimentos como Diretas Já! e Fora Collor. “Mas as redes sociais se transformaram em mais um instrumento de mobilização e debate”, completou.
Para Borges, a internet é vista como um palco de disputa. “Ou a gente entra com muita força ou a gente perde a disputa. Não dá para separar as redes das ruas. Essas coisas hoje estão conectadas, ligadas. Daí a importância de a gente agir com muita força nas redes sociais”, destacou.
Durante o debate, o diretor-presidente da Empresa Brasil de Comunicação, Nelson Breve, avaliou que os espaços públicos são importantes para fazer valer expressões coletivas, sobretudo na área cultural e política.
“A criação de meios de comunicação pela rede social e a difusão que acontece neste momento promovem uma grande mudança no ecossistema da comunicação”, disse. “Jamais seria possível combater o senso comum, que muitas vezes impera, se não fossem as redes sociais”, completou.
Breve lembrou que preside a maior empresa pública de comunicação do país, “fruto de uma demanda social e antiga, que começou no movimento pela democratização”.
O 17º Congresso da União da Juventude Socialista segue até amanhã, em Brasília. Os trabalhos começaram ontem e a expectativa é reunir 3 mil jovens nos três dias do evento.
Agência Brasil