A criança foi levada para o pronto-socorro do Hospital Municipal de Americana, mas chegou ao local já sem vida, segundo o guarda municipal Dener Wesley. A corporação foi acionada e conversou com a médica pediatra que fez o atendimento. "Ela [a médica] relatou que a mãe, usuária de drogas, disse que antes de amamentar fez uso de cocaína. A criança chegou no hospital com as pupilas dilatadas, já sem vida, após uma parada respiratória provavelmente pelo uso da droga", relata o guarda. Durante o consumo da cocaína, a mãe estava acompanhada de outras duas pessoas, de acordo com ele.
O delegado Alfredo Luiz Ondas também confirma que a mãe confessou ter feito uso de drogas antes de amamentar a criança, mas aguardará o laudo para constatar se a morte foi causada pelo consumo do entorpecente. "Ainda não existem provas a respeito dessa situação. A partir do momento que ficar comprovado que essa criança veio a falecer em decorrência da ingestão de substância entorpecente, sem dúvida ela [a mãe] pode ser presa", esclarece Ondas. O corpo foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) de Americana na manhã desta sexta-feira (23), mas até esta publicação, os locais de velório e enterro não haviam sido definidos.
A Guarda Municipal também informou que a casa onde a mãe e o bebê viviam é conhecida como ponto de tráfico e consumo de drogas. O imóvel estava bastante bagunçado, com roupas jogadas no chão, muita sujeira, panelas com comidas sem o armazenamento correto no fogão, pia com louças sujas, além de portas e janelas sem vidros e goteiras. A Guarda também encontrou embalagens usadas com armazenamento e distribuição da cocaína.
G1