Laura Kellys era procurada por suspeita de participar do envio de um envelope com R$ 10 mil ao desembargador José Zuquim Nogueira. O motivo da entrega do dinheiro é investigado.
Por g1 MT
A esposa do sargento Jackson Pereira Barbosa, acusado de envolvimento no assassinato do advogado Renato Nery, em 2024, se entregou à Polícia Civil nesta terça-feira (19). Laura Kellys era procurada por suspeita de participar do envio de um envelope com R$ 10 mil ao presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargador José Zuquim Nogueira, na última quarta-feira (13).
Laura se apresentou na Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), onde foi ouvida e teve o mandado de prisão cumprido. O g1 tenta localizar a defesa de Laura.
Segundo a polícia, o dinheiro foi entregue por um motorista de aplicativo, que teria recebido o pacote das mãos do sargento da Polícia Militar Eduardo Soares de Moraes, preso em flagrante no mesmo dia. De acordo com a investigação, o envelope teria sido repassado a Eduardo por Laura Kellys. O motivo da entrega do dinheiro é investigado.
O motorista chegou à guarita do estacionamento do tribunal afirmando que alguém receberia o envelope. Durante a verificação do celular do motorista, o segurança identificou que, no aplicativo de mensagens, o nome e a foto do presidente José Zuquim apareciam como suposto remetente da quantia.
Enquanto o flagrante era formalizado, foi feita uma revista onde Jackson está preso. No local, foi encontrado celular. A informação inicial era de que o aparelho pertencia a outro preso, mas o fato de estar junto a Jackson despertou a necessidade de aprofundar as apurações.
A Coordenadoria Militar do TJMT iniciou buscas nas imagens das câmeras de segurança e identificou que o veículo usado na entrega também pertencia ao sargento Jackson.
Em vídeo, o presidente do TJMT, José Zuquim Nogueira, afirmou estar estarrecido com a situação. A Polícia Militar acompanha as investigações para apurar se houve tentativa de suborno ou outra irregularidade.
Renato foi baleado quando chegava no escritório dele, em julho de 2024. Segundo a Polícia Civil, o atirador já estava esperando pelo advogado e, após atirar, fugiu do local em uma moto.
Uma câmera de segurança registrou o momento em que Renato caminha até a porta do escritório, é atingido pelos disparos e cai no chão.
Veja nome dos envolvidos abaixo:
- Caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva – atirador
- Sargento da PM Heron Teixeira Pena Vieira – intermediador recebeu dinheiro, arma e contratou o Alex pra fazer executar
- Empresário Cesar Jorge Sechi – mandou matar Nery por causa da disputa de terra
- Empresária Julinere Goulart Bastos – mandou matar Nery por causa da disputa de terra. Ela é esposa de Cesar
- PM Wailson Alessandro Medeiros Ramos – investigado por forjar confronto envolvendo arma do crime.
- PM Wekcerlley Benevides de Oliveira – investigado por forjar confronto envolvendo arma do crime.
- PM Leandro Cardoso – investigado por forjar confronto envolvendo arma do crime.
- PM Jorge Rodrigo Martins – investigado por forjar confronto envolvendo arma do crime.
Foto Capa: Reprodução/Divulgação
Fonte: https://g1.globo.com