Economia

69% não sabem quanto pagam de juros no cheque especial

 
O estudo, que foi realizado por meio de metodologia online (de 16 a 17 de abril), levantou a opinião de 1.155 brasileiros com idade entre 18 e 60 anos, das classes A, B e C de 255 municípios em todas as regiões brasileiras. A pesquisa foi coordenada por Otávio Freire, diretor da Ilumeo e professor de marketing da Universidade de São Paulo (USP) e por Ricardo Amorim, economista e diretor da Ricam Consultoria.
 
“Não conheço ninguém que compra um produto sem saber quanto custa, mas a maioria das pessoas faz exatamente isto quando se endivida. Pelo efeito dos juros compostos ao longo do tempo e das elevadas taxas de juros brasileiras, muitas delas acabam em dificuldades sérias”, diz Ricardo Amorim. Outros dados levantados pela pesquisa sobre esferas da vida financeira da população também indicam que ainda há um despreparo do brasileiro em relação ao assunto.
 
Prática financeira cotidiana – Comportamentos cotidianos simples que impactam diretamente a saúde financeira das pessoas ainda são um entrave para muitos entrevistados. Ao contrário do que indicam especialistas, apenas 32% das pessoas anotam todos os seus gastos, 36% anotam somente as maiores compras e 32% nunca anotam nenhum de seus gastos. 
 
Por outro lado, a pesquisa revelou que 69% das pessoas gostariam de anotar suas despesas para ter maior controle no dia a dia. “Como existe uma distância grande entre intenção e comportamento, quanto mais fácil e intuitivo for o processo de anotação (aplicativos, lembretes no celular etc.) mais tendem a crescer as práticas conscientes sobre os próprios gastos”, diz Otávio Freire.
 
Comportamento familiar 
 
A dinâmica familiar é um ponto relevante na definição dos comportamentos financeiros. Apesar de 88% dos entrevistados casados declararem que conversam com os parceiros sobre finanças familiares, 71% consideram que a organização de orçamento da casa é centralizada em apenas uma pessoa. 
 
Outro ponto interessante da relação sobre os casais é que nem todos eles têm o mesmo plano sobre o que fazer com o dinheiro que sobra no fim do mês: 63% dos casados acreditam que têm os mesmos planos que os parceiros para uso do recurso que sobrou; 13% dizem não saber quais são os planos do parceiro e 24% acreditam que os planos do parceiro para o dinheiro extra são diferentes dos seus.
 
Educação financeira – São 43% os entrevistados que declaram nunca terem ouvido dicas ou orientações sobre educação financeira. Entre aqueles que já ouviram alguma dica, televisão (48%) e sites (28%) são meios considerados relevantes.
 

Redação

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