Cidades

Funcionários da CAB entram em greve e empresa aponta postura inflexível

 
Os profissionais pedem um reajuste salarial de 14%, já que segundo o Sindicato dos Trabalhadores de Água, Esgoto e Saneamento Ambiental de Cuiabá (Sintaesa), os trabalhadores não recebem aumento há dois anos. 
 
Atualmente, o salaria da categoria é de R$ 834 e passaria para R$ 1.019, caso a reivindicação fosse atendida. 
 
“A empresa nos apresenta somente uma contraproposta para a reposição da inflação do período, o que não representa nenhum ganho real”, pontou o presidente do sindicato, Ideueno Fernandes. 
 
Conforme decisão do presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), desembargador Edson Bueno de Souza, os profissionais em greve deverão manter 50% dos serviços considerados essenciais como nas Estações de Tratamento de Água, Captação e Centro de Controle Operacional. 
 
Já os setores de atendimento ao público, corte, faturamento e arrecadação deverá manter 30% do efetivo. O não cumprimento implica em uma multa diária de R# 10 mil. 
 
Outro Lado
 
Em nota encaminhada a imprensa, a CAB classificou como inflexível a postura dos profissionais. A concessionária alega, entre outros pontos, que a proposta dos trabalhadores não condiz com a realidade aplicada no país. 
 
Confira nota na íntegra:
 
Em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira, 2 de maio, os colaboradores da CAB Cuiabá, concessionária de água e esgota da capital, decidiram deflagrar movimento de greve. A decisão é resultado de discordância à proposta apresentada pela empresa sobre o acordo coletivo 2014/2015.
 
A concessionária enfatiza que o Sindicato deixou de apresentar qualquer contraproposta em relação à proposta encaminhada pela empresa em 01/04/2014, mantendo assim as reivindicações originais, o que evidencia a postura inflexível na negociação.
 
A proposta apresentada pelo Sintaesa está além da realidade praticada no País, com percentual de reajuste de mais de duas vezes sobre o valor da inflação acumulada.  A empresa apresentou a proposta, contudo o sindicato manteve a postura inicial.
 
A inflexibilidade do sindicato fica clara, uma vez que as discussões estavam em andamento, pois a empresa foi comunicada no dia 30 de abril, via telefone, a participar de uma mesa de negociações junto ao Ministério Público do Trabalho, que ocorrerá na próxima segunda-feira, 5 de maio, onde o MPT será o mediador conforme solicitação do Sintaesa. 
 
Dessa forma, resta evidente que o processo negocial não foi encerrado. E a paralisação das atividades foi uma medida extrema adotada pela assembleia/sindicato, sem aguardar uma definição ou interrupção negocial de ambas as partes, o que não ocorreu.
 
A CAB Cuiabá solicitou ao sindicato a apresentação de um plano de ação para manutenção dos serviços indispensáveis e inadiáveis à comunidade, conforme previsão legal.
 
Discussões
 
Em abril foram realizadas quatro assembleias gerais na companhia para a discussão do acordo coletivo e as negociações estavam em andamento até o presente momento. O foco da companhia vinha sendo a busca de um alinhamento sem que houvesse prejuízo no atendimento à população.
 
A empresa ressalta que está aberta ao diálogo com o sindicato para que os serviços essenciais (abastecimento e atendimento) à população não sofram qualquer prejuízo. 
 
 

Redação

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