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Infantino diz que Mundial é o ‘torneio mais bem-sucedido’ e põe Ronaldo para responder críticas

Gianni Infantino passou mais de meia hora fazendo comentários positivos sobre o Mundial de Clubes, competição que ele já queria ter tirado do papel há muito tempo. Neste sábado, véspera da final e do encerramento do torneio, o presidente da Fifa definiu o campeonato como o “mais bem-sucedido do mundo” e escalou importantes estrelas do futebol mundial, como Ronaldo e Kaká, para chancelar sua opinião.

Na avaliação do cartola ítalo-suíço, o Mundial não sairá mais do calendário e veio para “mudar o panorama do futebol de clubes”. Ele refutou críticas de antes do início do torneio e usou números para validar seus argumentos.

“Podemos dizer com certeza que este Mundial foi um enorme sucesso”, disse Infantino. “Ouvimos dizer que financeiramente não daria certo, que ninguém está interessado, mas posso dizer que geramos quase US$ 2 bilhões (cerca de R$ 11 bilhões) em receitas, em 63 partidas. Isso dá uma média de US$ 33 milhões por partida, nenhuma outra competição de clubes no mundo chega perto.”

Infantino conversou com repórteres no primeiro andar da Trump Tower, prédio na Quinta Avenida de Nova York, neste sábado, véspera da final entre Chelsea e Paris Saint-Germain. A Fifa abriu nesta semana um escritório na torre do presidente americano Donald Trump, um aliado importante do presidente da Fifa.

O mandatário da Fifa escalou Ronaldo para responder aos críticos da competição. Sem citar nominalmente Jürgen Klopp e Javier Tebas, as principais vozes públicas contrárias à criação do campeonato, o Fenômeno direcionou sua resposta aos dois.

“Eu só vi duas pessoas criticando o Mundial de Clubes. Um deles tem tudo, menos credibilidade. Nós respeitamos as opiniões contrárias, mas, como o presidente falou, vimos o entusiasmo das pessoas, dos fãs e partidas de qualidade. É um grande sucesso essa competição”, considerou o ex-atacante.

Além de Ronaldo e Kaká, estiveram no evento os italianos Del Piero e Roberto Baggio, o argentino Esteban Cambiasso e o búlgaro Hristo Stoichkov. Todos, que são considerados “legends” na Fifa, deram razão ao “chefe” e rebateram argumentos contrários à competição.

“Vi jogadores de férias criticando o Mundial, criticando o número de partidas. A cada quatro anos, no Mundial, se jogam sete partidas. Só isso. Quantas partidas se jogam na Liga dos Campeões, na Liga das Nações, na Liga Conferência? Não vejo queixas sobre isso”, argumentou Stoichkov.

FUTURO INDEFINIDO
O presidente da Fifa não quis falar sobre o futuro do Mundial, mas garantiu que ele não sairá mais do calendário do futebol mundial e os detratores da competição vão ter de se acostumar com ele.

“Vocês conhecem a expressão latina ‘carpe diem’, que significa aproveite o dia, viva o momento. Estamos vivendo um grande momento aqui. Queremos viver esse momento e aproveitar. Depois, vamos pensar no futuro. Vamos ver o que o futuro nos reserva”, limitou-se a dizer.

A próxima edição, prevista para 2029, ainda não tem o país-sede definido. O Brasil é candidato e tem Espanha, Marrocos e Arábia Saudita como concorrentes. O processo de escolha da sede ainda não foi iniciado formalmente.

Existe a possibilidade de a Fifa implementar mudanças na próxima edição do torneio, sugeriu Infantino, sem se comprometer. “Claro que adoraríamos ter Liverpool, Arsenal, Manchester United, Tottenham, Milan e Barcelona aqui, mas há um critério de classificação”, divagou. “Os limites nacionais devem ser de duas ou quatro equipes? Há muitos elementos em que podemos pensar. Por enquanto, vamos prosseguir com isso e em 2029 veremos.”

Estadão Conteudo

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