Política

Em entrevista ao Circuito, Julier já fala como candidato

Otimista, Julier diz que escolheu o PMDB por sua importante história na construção de um Brasil democrático, se apoia no legado da Copa e no que chama de pujança econômica do Estado conquistada pelo governador Silval Barbosa e no seu plano de governo que será construído com foco na modernidade econômica e em políticas sociais que garantam a melhoria da qualidade de vida do mato-grossense.

A seguir, tópicos da entrevista:

INGRESSO NA POLÍTICA

Duas coisas me motivaram a deixar a magistratura após duas décadas trabalhando como juiz federal, carreira que exerci com muito orgulho e foi bastante ativa em benefício da sociedade. A minha disposição de poder fazer mais pelo mato-grossense pode fazer além dos processos, das margens do Judiciário. O segundo fator foi a minha própria história: um filho de lavrador pobre que sempre estudou em escola pública, com uma vida que sempre foi pautada pela participação democrática e respeito às liberdades civis. E por que o PMDB? Pela sua história, sua importante função e papel na construção do Brasil desde a resistência à ditadura militar até um albergue seguro para que a democratização do país pudesse ser concretizada. Um partido com representatividade nacional e que faz parte de um governo popular que está construindo o Brasil voltado para a maioria da sua população e que tem mantido a pujança econômica do Estado e dotado a capital e o interior de infraestrutura moderna.

"Minha candidatura é um porto seguro

para levar reivindicações até as esferas

mais altas da República"

Notadamente a minha candidatura será um porto seguro para que nós possamos levar as reivindicações dos municípios até as esferas mais altas da República. E é o PMDB  que pode fazer isso e nós nos propusemos a dialogar com os municípios. Essas são as razões tanto para deixar uma carreira vitalícia e também para o ingresso no PMDB, no partido do governador Silval Barbosa e do vice-presidente Michel Temer.

BASE ALIADA

O PMDB já nos escolheu para essa missão, e eu me senti muito honrado, de ser o candidato a governador pelo partido. Obviamente que nós temos uma base partidária que dá sustentação ao governo Silval Barbosa e à presidente Dilma. E é com esses partidos que vamos dialogar para construirmos a unidade em torno de uma chapa majoritária que consiga expressar os dois fundamentos básicos para a construção de um projeto político sustentável para o Estado. O primeiro, de manter o desenvolvimento e a pujança econômica do Estado, modernizando nossos setores econômicos e o segundo fundamento dessa política que é a presença forte de políticas sociais que se reflitam na melhora nos nossos índices de desenvolvimento humano. Isso significa dizer que as políticas próximas à maioria da população, como saúde, educação, segurança, saneamento e distribuição de renda terão caráter essencial um caráter de verticalização do Estado, ou seja, de ser uma política de todas as secretarias do Estado e não apenas daquelas que são responsáveis por áreas específicas.

Então obviamente que a composição majoritária deverá refletir essa preocupação e para isso vamos conversar com todas as lideranças, eu, o presidente do partido, o deputado Carlos Bezerra, o governador Silval Barbosa, para que esse consenso seja alcançado.

NOVO NA POLÍTICA

Foto: Pedro Alves Ninguém vai inventar moda novamente. Vamos partir das bases que o governador Silval Barbosa, dentre as suas políticas, está construindo. Ou seja, essas bases que estão sendo edificadas e que nos servirão de guia, de norte, para esse projeto de dotar o Estado de modernidade econômica e também de políticas sociais. E o novo sempre nasce de alguma referência. E que a população seja o centro desse projeto, comece a germinar, crescer e a se fortificar no pleito eleitoral de outubro. Vamos procurar incluir setores, incluir pessoas, incluir desejos dentro desse projeto que atenda todos os setores da sociedade, dar segurança jurídica, e não só segurança jurídica, mas de saúde, de educação, de ambiente, dar segurança econômica, conforto aos vários setores da sociedade, para que venham se engajar e construir esse projeto que o nome pode se chamar Mato-grossense. Independentemente do seu credo, cor, classe social, nós temos como meta desenvolver o Estado e dar melhor condição de vida à sua população.

ADVERSÁRIOS DA BASE ALIADA

O PMDB e eu particularmente respeito a todos os partidos e lideranças políticas que estão presentes na construção desse projeto. E isso significa dizer que nós vamos dialogar, debater dentro do fórum que é a aliança e construir o consenso a partir de algumas premissas e dentro delas está o respeito absoluto à unidade do nosso palanque. Vamos, portanto, tirar a melhor característica de cada liderança, de cada partido, para tirar uma figura própria, adequada aos interesses do Estado. Então, vamos dialogar com todas as lideranças, sejam elas candidatos declarados ou não.

"Vamos dialogar com todas as lideranças,

sejam elas candidatos declarados ou não".

E vamos dizer que nós do PMDB pensamos que o projeto para Mato Grosso é melhorar a vida do cidadão mato-grossense e continuar o nosso desenvolvimento e modernidade das nossas atividades econômicas. Como vamos fazer isso? Diminuindo as injustiças, seja lá de que esfera sejam, desde injustiça fiscal ou tributária, dando possibilidades ao nosso empresariado de poder trabalhar com reforma tributária estadual adequada aos interesses do Estado, para poder gerar emprego e renda, equilíbrio fiscal e fazer com que os atores econômicos tenham segurança jurídica e tributária para continuarem a desenvolver o Estado e também criar ambientes próprios para que esse mesmo Estado dê retorno à população mediante o aprimoramento de políticas públicas específicas, de saúde, educação, segurança pública e saneamento e, com tudo isso, podendo distribuir renda entre nossos coirmãos.

HERANÇA DE SILVAL

As coisas são fruto de continuidade de várias gerações, de trabalho e esforço de várias gerações. Isso vale para o Estado também. Nós temos que ter presente, por exemplo, que o Governo Dante de Oliveira foi muito importante por proporcionar segurança financeira ao Estado, deu características seguras à administração no sentido de controle fiscal, de débito e crédito, o que se chamou de ‘casa arrumada’ e isso foi muito importante para o Governo Blairo Maggi tivesse condições de colocar o Estado no projeto de desenvolvimento, estimulando e implementando medidas econômicas, de infraestrutura, para que o Estado pudesse se manter e produzir.

O Governo Silval Barbosa partiu dessas mesmas bases, as manteve e as aprofundou, ou seja, o Estado cresceu muito no interior, na sua capital e mantém praticamente 40% da balança comercial brasileira da exportação, é um Estado superavitário no aspecto energético, possui um eixo de obras de infraestrutura em parceria com a presidente Dilma para duplicação de rodovias, implementação de ferrovias, estudos relacionados a transportes aquaviários, de dotar o Estado, as suas atividades econômicas e a sua população e também a responsabilidade de ser o governo da Copa do Mundo, e este está sendo um desafio enorme.

LEGADO DA COPA

Nós temos que lembrar que Cuiabá e Várzea Grande passaram praticamente as três últimas décadas sem qualquer investimento em infraestrutura. Cuiabá, por exemplo, conviveu com três viadutos durante trinta anos. O governador Silval Barbosa lançou 56 obras impactantes na vida do cuiabano e várzea-grandense. E que geram todo um transtorno na sua edificação porque a cidade continua sua vida normal, mas que vai mudar todo um panorama nas duas cidades. Não são obras para a Copa, são para a população. E só se obteve recursos e a possibilidade de executá-las a partir da presença do Governo Federal e do espírito de luta do governador Silval Barbosa.

"Quando a poeira baixar, vamos ver

em Cuiabá e Várzea Grande

o salto de qualidade de 20 anos"

A poeira por enquanto não está deixando a população ver as melhorias. Mas quando a poeira baixar, serão outras cidades, vamos ver o salto de qualidade de 20 anos. Nós vamos ter obras que se não forem concluídas eu assumo o compromisso de concluí-las porque elas são essenciais, estão sendo executadas e é um compromisso do governador Silval Barbosa e do nosso partido PMDB de que elas serão concluídas.

SAÚDE

O primeiro aspecto da Saúde que tem que ser levado em consideração é que ela não sofre apenas de deficiência de recursos, ela necessita de definições mais claras de quais políticas públicas são adequadas a atender duas questões em relação ao usuário: acesso ao atendimento e qualidade do atendimento. Em cima disso se vão discutir recursos, formas de administração e gerenciamento, diagnosticar os gargalos, onde precisa ser ampliado, onde há necessidade de correção de rumos e assim por dia. Isso significa dizer que essa questão das Organizações Sociais de Saúde não é ser a favor ou contra.

O que o Estado tem que delimitar é, dentro de recursos, materiais humanos, é dizer que nesta ou naquela unidade a melhor forma de presença do Estado é por este ou aquele modelo. O Estado precisa ter um leque de opções para poder lidar com a disparidade de situações que existem. Às vezes o que serve para uma cidade não serve para outra. Precisamos ter o diagnóstico correto e as premissas bem definidas que são acesso e serviços de qualidade.

EDUCAÇÃO

No tocante à educação, também penso que os espíritos precisam ser desarmados no sentido de podermos construir um projeto que consiga alcançar interesses do Estado, dos estudantes, dos pais, dos professores e funcionários e interesses também da iniciativa privada nos aspectos em que ela deve participar da formulação das políticas públicas. Para isso é preciso ter disposição para conversar, extrair pontos em comum e construir um instrumento que chamaria Pacto pela Educação que tenha como meta colocar Mato Grosso em níveis aceitáveis do ponto de vista nacional e também ter presente o padrão internacional de avaliação de ensino. Ainda que o Enem seja um instrumento de avaliação, nós precisamos ter instrumentos estaduais que nos possibilitem fazer com que nossos filhos estejam nos mesmos patamares daqueles que estudam nas melhores escolas públicas dos grandes centros.

Nós temos um compromisso não só na valorização salarial mas também de valorização do conteúdo programático, das estruturas das unidades de ensino e de políticas globais que trabalhem com essas metas de fazer dos nossos estudantes galgarem postos de relevo dentro das análises de qualidade do sistema educacional.


MAIOR DESAFIO AGORA

O desafio vai se estabelecendo a partir de diferentes graus. Nós até agora galgamos alguns degraus, mas o grande desafio é, sem dúvida nenhuma, convencer o mato-grossense de que é possível, dentro de um trabalho de continuidade, fazer com o que o novo surja, para emergir um novo modelo de gestão do Estado, para que a nova forma de embrião de uma representação calcada no desenvolvimento econômico, em política social forte, ganhe os corações e as mentes dos mato-grossenses.

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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