O documento é fruto de uma pesquisa com mais de 100 instituições financeiras. A alta na expectativa de inflação dos economistas dos bancos para este ano aconteceu pela sexta semana consecutiva. Para 2015, a previsão dos analistas para o IPCA avançou de 5,84% para 6%.
Com o novo aumento na previsão do índice para 2014, a estimativa do mercado financeiro para a inflação se aproxima, portanto, mais ainda do teto de 6,5% vigente no sistema de metas. Nos últimos quatro anos, a inflação tem oscilado ao redor de 6%. Em 2010, somou 5,91%, passando para 6,5% em 2011; para 5,84% em 2012; e para 5,91% no ano passado.
Pelo sistema que vigora no Brasil, o BC tem que calibrar os juros para atingir as metas preestabelecidas, tendo por base o IPCA. Para 2014 e 2015, a inflação deve ficar em 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida.
Taxa de juros
A perspectiva do mercado financeiro é que a alta de juros, feita no fim do mês passado pelo Banco Central, não seja a última elevação no ano da taxa básica (Selic) da economia brasileira que vem avançando desde abril do ano passado para conter pressões inflacionárias. Para o fechamento de 2014, a previsão dos analistas para a taxa de juros permaneceu em 11,25% ao ano e, para o final de 2015, ficou estável em 12% ao ano.
Crescimento do PIB
Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2014, a previsão dos economistas subiu de 1,63% para 1,65% na última semana. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz.
O crescimento do PIB do país previsto para 2014 continua abaixo do estimado no orçamento federal de 2,5% e também está menor que a previsão (2%) divulgada pelo BC no mês passado. Para 2015, a perspectiva de expansão da economia brasileira, feita por analistas do mercado financeiro, ficou inalterada em 2% de alta.
Câmbio, balança comercial e investimentos estrangeiros
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2014 ficou estável em R$ 2,45 por dólar. Para o fechamento de 2015, a estimativa dos analistas dos bancos para o dólar caiu de R$ 2,55 para R$ 2,53.
A projeção para o superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2014 caiu de US$ 4 bilhões para US$ 3 bilhões na semana passada. Para 2015, a previsão de superávit comercial permaneceu em US$ 10 bilhões.
Para 2013, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil permaneceu em US$ 60 bilhões. Para 2015, a estimativa dos analistas para o aporte de investimentos estrangeiros ficou inalterada em US$ 55 bilhões.
G1