No treinamento, o vigilante Saulo de Jesus, 30 anos, fez o papel do cidadão que se recusava a sair do lugar. Ele disse que é importante ter paciência e calma. “A orientação principal é ser educado e resolver o problema da melhor forma possível, com diálogo. Nós somos treinados justamente para esse tipo de tensão”, contou.
Os stewards atuam na segurança interna dos estádios. O treinamento é uma exigência da FIFA e da Polícia Federal para atuação em grandes eventos. Tem duração de cinco dias e inclui conteúdo teórico e prático. Entre os temas abordados estão controle de acesso, gerenciamento de público, prevenção e combate a incêndios e atuação em emergências.
“Além de capacitar mão de obra para os grandes eventos, a iniciativa libera cerca de 400 policiais militares para atuar nas ruas, protegendo a população”, afirmou o coordenador de segurança da Secretaria Extraordinária da Copa, coronel Lima Filho.
1,5 mil qualificados
Os vigilantes que realizaram o treinamento fazem parte de um grupo de 1.000 profissionais que serão capacitados nas próximas semanas, sempre em turmas de 100 pessoas. O curso é oferecido por um consórcio formado por empresas de segurança privada do DF. O grupo será contratado pela FIFA para atuar nos sete jogos em Brasília. A estimativa é de que, para cada partida, sejam utilizados entre 800 e 900 stewards. A meta é qualificar pelo menos 1,5 mil seguranças privados até o Mundial.
Entre as principais funções dos stewards estão recepção e direcionamento de público, identificação de possíveis conflitos e intervenção por meio do diálogo. Uma das principais regras é não tocar o torcedor. Mas os seguranças privados não atuarão sozinhos no estádio. “O steward é um organizador de público. Caso haja necessidade de uma intervenção física, entram em ação as forças de segurança pública”, destacou o coronel Lima Filho.
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