Cidades

Triatleta morre após levar choque em estande de competição em Brasília

 
A vítima morava em Caxias do Sul (RS). Segundo o dono da academia onde ele trabalhava como professor de natação, Jovir Demari, o jovem faria aniversário nesta segunda e um mês de casamento na terça.
Ele era meu irmão. Conheço desde que ele tinha 8 anos. Era um garoto maravilhoso, não tem nem o que falar. O pai dele está em Brasília acompanhando o desenrolar do processo. Está muito difícil, disse. Demari
A prova reuniu 1,2 mil triatletas de 16 países na capital federal. A largada começou às 7h. Os atletas tinham como desafio completar, no menor tempo possível, 1,9 quilômetro de natação, 90,1 quilômetros de ciclismo e 21,1 quilômetros de corrida.
 
A organizadora disse que ainda não tem informações sobre o que causou o acidente. "A Latin Sports lamenta profundamente o incidente com o atleta Tiago Pereira", afirma em nota. "A Latin Sports está prestando toda assistência à família do atleta e acompanhando as autoridades na perícia que irá determinar as causas do incidente."
 
Investigações
A Secretaria de Saúde informou que Tiago Pereira morreu por volta de 16h deste domingo, por causa de um choque elétrico. Titular da 30ª Delegacia de Polícia, Miguel Lucena disse que a corporação não descarta ainda a possibilidade de o incidente ter sido causado por causa do esforço da prova, que tem cerca de cinco horas de duração.
 
"Conversamos com uma testemunha que disse ter visto a vítima se debatendo após segurar na estrutura metálica, uma situação típica de quem sofre choque elétrico. Depois teve convulsões", declarou o policial.
 
Lucena disse que vai investigar se o evento disponibilizou a estrutura adequada para prestar primeiros socorros aos atletas. "Informações preliminares dão conta que não havia estrutura adequada para o evento", afirmou.
 
"Havia médicos mas não eram contratados do evento. Eles tentaram ajudar. É provável que a demora ou a falta de estrutura tenha contribuído para a morte dele. Talvez não tenha salvado, mas pode ter contribuído", completou o delegado.
Caso fique comprovado que a vítima sofreu descarga elétrica,  os responsáveis pelo evento e pela montagem da estrutura podem ser indiciados por homicídio culposo e negligência. O corpo do triatleta está no IML de Brasília. A perícia criminal e a necropsia devem ficar prontos em até 15 dias.
 
G1

Redação

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Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

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