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Japão: BoJ não aumentará as taxas de juros quando a economia estiver em más condições, diz Ueda

O presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Kazuo Ueda, disse nesta quarta-feira, 19, que a autoridade monetária pode voltar a fazer novas elevações na taxa básica de juros à frente, caso a economia e os preços no país se comportem conforme as projeções do banco. Ele ressaltou que não deve haver novas elevações caso a economia do país esteja em más condições. Mas também afirmou que os juros podem ter de subir em ritmo mais rápido se os riscos de alta para a inflação se intensificarem.

Nesta quarta-feira, o BoJ optou por manter inalterada a taxa de juro em 0,50%. No encontro anterior, do dia 24 de janeiro, a autoridade monetária japonesa subiu a taxa de 0,25% para 0,50%.

Durante coletiva com jornalistas, Ueda destacou que as incertezas com a economia internacional permanecem altas, fazendo coro ao que a autoridade monetária japonesa já havia apresentado no comunicado que seguiu à decisão do juro.

O presidente do BoJ acrescentou que os aumentos salariais no Japão se tornaram generalizados, mas que a maior parte dos reajustes aconteceu conforme a expectativa do banco. Ele considera que a inflação subjacentes no Japão está em algum lugar acima de 1%, mas abaixo de 2%.

Em relação aos Estados Unidos, Ueda disse que houve uma expansão muito rápida dos alvos da política tarifária do presidente Donald Trump ao longo do mês de janeiro. Mas Ueda considera que há grandes incertezas sobre o tema e que ainda não é possível analisar, quantitativamente, os riscos das novas tarifas para a economia japonesa.

Na avaliação do presidente do BoJ, os principais impactos das tarifas podem recair sobre o sentimento e a confiança de empresas e famílias.

Títulos

Durante a coletiva, Ueda também fez avaliações sobre o nível dos juros dos títulos do governo japonês (JGBs). Ele reforçou que as taxas de longo prazo devem ser formadas pelo próprio mercado, mas fez a ressalva de que o BoJ responderá a casos excepcionais em que as taxas aumentarem acentuadamente.

*Com informações de Dow Jones Newswires.

Estadão Conteudo

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