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Caso Vitória: polícia prende um dos suspeitos de envolvimento no assassinato em Cajamar

A Polícia de São Paulo prendeu na tarde deste sábado, 8, um dos suspeitos de participação na morte da adolescente Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, em Cajamar, na Região Metropolitana de São Paulo. A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública.

No início da tarde, a Justiça de São Paulo acolheu pedido da polícia e decretou a prisão temporária (por 30 dias) de Maicol Santos.

Ele é investigado como o dono do veículo prata visto na cena do crime. Ainda de acordo com a SSP, o local onde a jovem foi levada antes do crime foi localizado e a perícia, acionada.

“A Polícia Civil de Cajamar trabalha para cumprir um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça contra um suspeito de envolvimento no crime e atua para identificar todos os envolvidos, bem como esclarecer os fatos”, diz a SSP.

A polícia tinha pedido a prisão temporária de um segundo suspeito, Daniel Pereira, mas a Justiça negou. Autorizou, no entanto, busca e apreensão em sua residência.

A primeira prisão do caso pode ajudar a começar a revelar a motivação do crime. A possibilidade de um crime passional, praticado por pessoas que se relacionaram com Vitória, e ameaça são algumas das hipóteses apuradas.

A polícia investiga inclusive um possível triângulo amoroso entre a vítima e dois homens.

Os investigadores afirmam ainda que o suspeito pode ter envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC).

A suspeita se apoia na forma como o corpo da jovem foi encontrado, com cabelos raspados e sinais de tortura.

Vítima relatou, por mensagens, medo no trajeto

Vitória trabalhava como operadora de caixa em um restaurante de shopping, no centro de Cajamar. O pai costumava buscá-la no ponto de ônibus na saída do trabalho.

No dia 26 de fevereiro, o carro da família estava quebrado e, por isso, ela fez sozinha o trajeto.

No caminho, enviou mensagens para uma amiga dizendo que estava com medo em duas situações diferentes. Na primeira, ela desconfiava de um grupo de homens.

Os suspeitos embarcaram junto com ela no ônibus, que ia para o bairro Ponunduva, região de chácaras onde mora com a família.

Pouco depois, ela encaminhou outra mensagem tentando tranquilizar a amiga, informando que eles não haviam descido no ponto com ela.

Segundo o motorista do coletivo, Vitória desceu sozinha. Logo depois, parou de responder e desapareceu.

O corpo da adolescente foi encontrado na quarta-feira, 5, com marcas de violência. Ele foi localizado em uma trilha no bairro de Ponunduva, na zona rural de Cajamar, região metropolitana de São Paulo.

Na manhã da quinta-feira, 6, a SSP chegou a informar, em nota, que o ex-namorado da vítima teve o pedido de prisão temporária decretado pela Justiça.

Depois, à tarde, no mesmo dia, o delegado seccional de Franco da Rocha, Aldo Galiano Junior, corrigiu a informação em entrevista à imprensa.

De acordo com o delegado, mesmo com a prisão negada pela Justiça, o ex-namorado da jovem se apresentou espontaneamente à delegacia e prestou um novo depoimento.

Estadão Conteudo

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