A arrecadação de impostos e contribuições federais fechou 2024 em R$ 2,65 trilhões, informou na terça-feira, 28, a Receita Federal. O resultado representa uma alta real (já descontada a inflação) de 9,62% na comparação com 2023, quando o recolhimento total de tributos havia somado R$ 2,31 trilhões, em valores nominais, resultado que ficava atrás apenas do recorde de 2022.
Com isso, a arrecadação de 2024 foi a maior da série histórica em termos reais – a série histórica da Receita Federal começa em 1995.
O resultado de 2024 veio acima da mediana, de R$ 2,64 trilhões, das expectativas das instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast. O intervalo de projeções para o ano variava de R$ 2,59 trilhões a R$ 2,70 trilhões.
O Fisco informou que, no ano, houve um crescimento da arrecadação do IRRF Capital, em decorrência da lei aprovada em 2023 sobre a tributação de fundos de investimentos, e uma melhora no desempenho da arrecadação do PIS/Cofins, em razão, entre outros aspectos, do retorno da tributação incidente sobre os combustíveis.
O desempenho do Imposto de Importação e do IPI vinculado à importação, em função do aumento das alíquotas médias desses tributos, também ajudou no resultado, assim como os recolhimentos, de aproximadamente R$ 7,4 bilhões a título de atualização de bens e direitos no exterior, repercutindo na arrecadação do IRPF.