“O dolo eventual é quando a pessoa prevê um resultado, sabe que pode causar um determinado dano, mas ainda assim concorda em acontecer o dano. Prossegue, mesmo sabendo que pode ocorrer um dano. Eles sabiam que a deflagração daquele artefato, em um local com multidão, poderia causar um resultado letal, como acabou ocorrendo. E, mesmo assim, eles assumiram o risco de produzir. No dolo eventual não se tem intenção direta de matar, mas se assume o risco de produzir isso”, explicou o titular da 17ª DP.
O delegado comentou ainda o depoimento prestado ontem (13) por Caio de Souza, no presídio, sem a presença de um advogado. “Ele não foi pressionado. Pediu para falar. Talvez ele tenha querido falar longe do advogado”, sustentou.
Luciano entregou o inquérito, com 175 páginas, à promotora Vera Regina de Almeida, da 8ª Promotoria de Investigação Penal. O delegado chegou ao MP às 15h e deixou o prédio pouco antes das 17h.
A promotora que recebeu o inquérito tem prazo de cinco dias úteis para oferecer a denúncia à Justiça ou pedir novas diligências ao delegado.
Agência Brasil