Thallyson Tavares de Oliveira, de 21 anos, foi preso na madrugada de sexta-feira (09), em São José do Rio Claro. Considerado como um dos criminosos mais procurados da região, ele estava com três mandados de prisão decretados pela justiça.
Thallyson era procurado pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e associação criminosa. Ele é integrante de uma facção criminosa e considerado de alta periculosidade e no momento da prisão apresentou um documento de identidade falsificado.
Após investigação, as equipes da Polícia Civil de Arenápolis, São José do Rio Claro e da Regional de Nova Mutum conseguiram localizar o paradeiro de Thallyson Tavares. O criminoso estava escondido em São José do Rio Claro, longe dos locais onde praticou os crimes que chocaram a cidade de Arenápolis.
O delegado de Arenápolis, Hugo Abdon, destaca que a prisão de Thallyson Tavares representa um importante trabalho no combate ao crime organizado na região e é resultado do esforço conjunto das forças de segurança pública.
Mandados
O primeiro mandado de prisão contra Tavares foi expedido pela Vara Criminal de Arenápolis por um duplo homicídio qualificado, ocultação de cadáver, tráfico de drogas e associação criminosa.
Os crimes ocorreram no bairro Bela Vista, em Arenápolis, e vitimaram dois jovens, que foram sequestrados, torturados e assassinados em julho do ano passado.
De acordo com as investigações, os crimes foram motivados por uma disputa entre facções rivais. Said de Souza Rios, natural da Bahia, e Marcos Vinícius, do Maranhão, eram trabalhadores e residentes na cidade de Nova Marilândia. Conforme as informações coletadas durante a investigação, as vítimas tiveram as mortes ‘decretadas’ no famigerado tribunal do crime da facção criminosa porque, supostamente, pertenceriam a uma facção rival.
Além de Thallyson, outros três integrantes do grupo foram identificados e presos como responsáveis pelos crimes bárbaros.
O segundo mandado de prisão é de um crime de extorsão mediante sequestro, ocorrido no final de 2023. A vítima, de 32 anos, foi sequestrada por dois homens encapuzados e armados. Enquanto a vítima era mantida no cativeiro, um terceiro integrante do grupo chegou ao local, identificado posteriormente como Thallyson, que revelou informações sobre outro crime cometido pela facção, envolvendo o desaparecimento de jovens durante o rodeio de Arenápolis, o que intensificou ainda mais as investigações contra ele.
O terceiro mandado de prisão está relacionado aos crimes de integrar organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico. Ele foi alvo da Operação Fantasma, que visou desarticular organização criminosa em Arenápolis e reprimir o tráfico de entorpecentes.
Histórico criminal
Na adolescência, Thallyson já havia cometido crimes violentos. Em janeiro de 2019, quando tinha 16 anos, ele foi responsável pelo assassinato brutal de duas pessoas, utilizando uma foice como arma do crime. À época, foi instaurado o procedimento para apuração de ato infracional e o menor foi internado em uma unidade socioeducativa.
