O Boletim Semanal da Cesta Básica, apurado pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), registrou um recuo de 4,05% no preço do mantimento na última semana de junho sobre a semana anterior, custando R$ 780,28. Mesmo com o forte recuo, o valor médio da cesta fechou em R$ 797,02 no mês, sendo o maior averiguado no primeiro semestre de 2024, além de estar 5,08% maior que o verificado em junho de 2023.
A variação nominal de R$ 32,94 para menos, observada nesta semana, foi influenciada pela diminuição no preço do tomate, principalmente, e de outros seis itens que compõem a cesta, o que, segundo análise do IPF-MT, contribui para o aumento do consumo das famílias na capital.
A queda significativa de 29,22% no preço do tomate, que passou a custar R$ 8,21/kg, pode ter relação com a intensificação das atividades de lavoura com a safra de inverno, além das temperaturas mais altas que contribuíram para a maturação da fruta, aumentando a oferta e pressionando as cotações. Na relação anual, o valor atual está 7,87% maior que o averiguado na mesma semana de 2023, que foi de R$ 7,61/kg.
O preço médio da batata demonstrou uma diminuição de 3,91% na última semana de junho, após três semanas consecutivas de aumento, chegando ao preço médio de R$ 10,43/kg. A retração pode ter ligação com o favorecimento da oferta do tubérculo e pelo aumento da produtividade na safra das secas, o que repercutiu na diminuição dos preços.
Já quando comparado ao mesmo período de 2023, em que o valor médio averiguado era de R$ 6,97/kg, o tubérculo está com o valor atual 49,61% maior. O presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, destacou o impacto que o alimento tem nas mesas da família, uma vez que o tubérculo representa quase 10% do total gasto com a cesta na capital.
“É possível analisar que mesmo com o recuo dessa semana, a dinâmica sobre o preço médio da batata se manteve acima do patamar de R$ 10,00/kg durante quatro semanas consecutivas, com um crescimento mensal acumulado em 9,48% sobre o mês anterior”, explicou Wenceslau Júnior.
Na última semana de junho, o óleo de soja apresentou uma variação negativa em seu preço médio de 1,28%, após registrar dois aumentos semanais consecutivos, atingindo o valor médio de R$ 7,15 o litro. Tal condição pode estar atrelada ao incremento na oferta do produto, além da própria dinâmica local de preço na capital.