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Cenário é de aumento da tarifa de energia em Mato Grosso; saiba como pagar mais barato

Em 2024, o mercado de energia elétrica está mais favorável ao consumidor para escolher a forma de pagar mais barato na conta de luz, com a possibilidade para migrar para o mercado livre. Embora a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) tenha anunciado a manutenção da bandeira verde (sem custo adicional na conta de luz) neste mês de fevereiro, o que vem ocorrendo há 22 meses, a projeção é de aumento na conta em torno de 5,6%.

No caso de Mato Grosso, o contrato da Energisa é reajustado anualmente e passa a valer o aumento em abril. No ano passado, a Aneel autorizou a revisão tarifária tornando a fatura 8,62% mais cara ao consumidor residencial. Os mato-grossenses pagam a segunda tarifa mais cara do país.

Informações da Aneel é de a tarifa mais alta do país é do Pará com R$ 0,962 kWh, seguido por Mato Grosso com R$ 0,883/kWh. Por outro lado, os catarinenses tem a fatura mais em conta de R$ 0,593/kWh.

O presidente do Sindenergia, Tiago Vianna, disse que este é um momento de ouro para os consumidores mato-grossenses, pois existem várias oportunidades para economizar na fatura, tanto através do mercado cativo quanto no mercado livre.

“Eles podem buscar reduzir o consumo de energia elétrica através de modalidades novas que estão aparecendo no mercado cativo através da gestão distribuída e no mercado livre através dos comercializadores varejista, que vão começar a atender uma nova gama de consumidores que estão habilitados a migrar para o mercado livre. Desde janeiro de 2024, os consumidores do grupo A poderão migrar para o mercado livre, com isso reduzir consumo de energia elétrica, voltando até uns quatro anos atrás na questão de preço”.

Ele também ressaltou que energia é a base do desenvolvimento econômico do Estado e se não há energia elétrica disponível, a taxa de crescimento não acelera. “Do ponto de vista da geração, Mato Grosso gera o dobro do que a gente consome de energia. Então o estado hoje ele consome em torno aí de 11 tWh /ano e a gente está produzindo em torno de 20 a 21 tWh/ano, o que põe o Mato Grosso numa condição de exportador de energia o que é muito bom”.

Conforme a Aneel o estado tem 6,4 GW de potência outorgada – dentre os que estão em operação, em construção e o de construção não iniciada. São 3,3 GW do sistema hídrico, 1,3 GW do solar, 927,9 mil KW de fonte fóssil (termelétricas) e 885,7 mil KW de biomassa.

Dentre os 63 empreendimentos de construção não iniciada, em andamento ou paralisada em Mato Grosso, 3 devem entrar em operação em 2024, 3 em 2025 e 40 no ano de 2029, sendo em sua maioria de fonte fotovoltaica.

No ano passado, dos empreendimentos que entraram em operação, uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH) e a Usina Termelétrica da FS em Primavera do Leste, foi acrescido 49 MW em geração no Estado. A PCH está em ambiente de contratação regulada (ACR) e a termelétrica no mercado livre.

A partir de 2024, os empreendimentos previstos são todos de fontes limpas e fora do mercado regulado. São duas usinas termelétricas com uso de biomassa – 3 Tentos Vera e Inpasa – além da PCH Mutum 1.  

Energia limpa

Cerca de 86% das fontes de energia de potência outorgada em Mato Grosso são de energia limpa. A maior parte é de fonte hídrica (usinas hidrelétricas, PCHs) e energia solar. Dentro as termelétricas, dos 1,9 GW de potência outorgada em 83 empreendimentos, 29 projetos são com uso de biomassa com geração de 885,7MW. Outros 927,9 MW são de 54 projetos com uso de fontes fósseis como gás natural, carvão e subprodutos do petróleo, como o diesel.

Em relação à energia solar, Mato Grosso é o 5º em geração distribuída do país, conforme a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) com 1.535,6 MW, 5,9% do total nacional. O líder continua sendo São Paulo, seguido de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. Em termos de geração centralizada é o 10º do país.

O Estado tem 21,3 MW em potência instalada em usinas e outros 1.246,5 MW de construção não iniciada. Dentre as capitais, Cuiabá é a terceira do país com 245,3 MW de potência instalada, 0,9% do total do país. Em primeiro está Florianópolis (SC), seguido por Brasília (DF).

Fonte: assessoria

João Freitas

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