A Justiça, no entanto, decidiu não acatar o pedido de suspensão do campeonato, mas o Ministério Público vai investigar a situação e solicitou uma série de documentos para a federação local.
Com a agenda apertada, alguns times vão precisar jogar com um intervalo de tempo de apenas 48 horas. De acordo com o presidente da entidade, Mauro Carmélio, a definição do número de jogos foi feita em um conselho técnico, na presença de todos os clubes, que preferiram manter a competição igual a deste ano, mesmo com um período de tempo menor.
"A decisão foi de todos os clubes, eles que quiseram que fosse dessa maneira. São sete jogos que vão acontecer com esse intervalo de 48 horas, os outros não. Eles quiseram manter o regulamento igual ao deste ano", afirmou o dirigente.
"Não tem perigo nenhum. O campeonato vai acontecer. O sindicato pediu a suspensão, mas o juiz não deu a liminar. O Ministério Público nos pediu alguns documentos, que temos de apresentar em 48 horas, mas eles estão em recesso agora, vamos apresentar quando eles voltarem. Mas está tudo certo e não vai ter problema nenhum", completou.
Uma das argumentações do sindicato é de que o intervalo mínimo entre uma partida e outra é de 66 horas, e que isso infringe as Normas Orgânicas do Futebol Brasileiro e o Regulamento Geral de Competições.
Segundo Mauro Carmélio, no entanto, a Confederação Brasileira de Futebol publicou no início deste ano uma portaria derrubando as tais normas.
"As Normas Orgânicas não estão valendo mais, desde o início do ano, portanto essa regra de 66 horas não existe. É só ver o caso do Santos e do São Paulo no final do Brasileiro, eles jogaram em uma terça e uma quinta. Se isso fosse proibido, não jogariam", explicou.
O presidente da federação vai conceder uma entrevista coletiva às 15 horas desta segunda-feira.
Fonte: ESPN