O réu negou durante o julgamento que cometeu o crime e afirmou que é apenas amigo de Rubens Alves de Lima, ex-marido da então namorada da vítima e apontado pelo Ministério Público como o mandante do homicídio, que ocorreu em 2011.
Alessandro é o segundo acusado do crime que foi submetido a júri e estava preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), antigo presídio do Pascoal Ramos, em Cuiabá. Na sentença, a juíza Mônica Catarina Perri ressalta que a culpabilidade do réu foi acentuada “pois se formou praticamente um consórcio entre mandante, intermediário e o executor para matar a vítima”. Em agosto deste ano, Evair Peres Madeira Arantes, de 21, foi condenado a 15 anos de prisão por executar o jornalista após ter sido contratado supostamente por intermédio de Alessandro.
De acordo com a denúncia do Ministério Público (MPE), Rubens de Lima, que está foragido, mandou matar o jornalista por motivação passional, já que a vítima estava namorando a ex-mulher dele. No entanto, no julgamento, Alessandro disse em depoimento que não sabia da intenção de Lima em contratar alguém para assassinar Auro Ida. O advogado Jorge Godoi, afirma que, apesar do réu ser amigo de Rubens de Lima, não há nada que comprove o envolvimento dele no crime.
O jornalista Auro Ida foi assassinado com a tiros no dia 21 de julho de 2011, dentro do carro, quando deixava a namorada em casa, no Bairro Jardim Fortaleza, na capital. Foram efetuados seis disparos e dois deles atingiram a vítima. Na ocasião, o executor teria pedido para que a namorada da vítima saísse do veículo para que não fosse atingida pelos disparos.
O MPE afirma que, como Ida frequentava o bairro há certo tempo, moradores da região sabiam que ele mantinha relacionamentos com mulheres daquela área. Por conta disso, Lima teria encomendado a execução com Evair Arantes, namorado de uma ex-namorada do jornalista, pelo valor de R$ 1,5 mil. Na época, Arantes tinha 17 anos.
G1 MT