Circuito Cinema

Alexandre Nero fala sobre Baltazar e Crô: ‘Não esperava sucesso’

 
Estes números apontam que a trama do mordomo Crodoaldo Valério repetiu no cinema o sucesso da novela "Fina estampa", da Globo. No entanto, essa repercussão nunca foi algo planejado, conforme comenta o ator Alexandre Nero, que interpreta o motorista Baltazar, em entrevista ao G1. "Eu sou um cara que entro nos trabalhos com força total, tentando fazer o meu melhor, mas não espero nada deles. Vou sem expectativa porque sei que o sucesso não depende da gente", afirma.
 
"Eu estava fazendo a novela e meu personagem era pequeno, mas a gente foi criando situações, dando ideias e, no processo, fomos plantando sementes para tentar ajudar a desenvolver a novela. Nós não somos meros fantoches", diz Nero. "Chegou uma hora que o Aguinaldo disse que não conseguia escrever mais um capítulo sem uma briga nossa porque as pessoas adoravam o Crô e o Baltazar brigando", completa.
 
"O Crô não é uma história de amor. É uma comédia sobre o poder da submissão. Então não cabia um beijo gay, simplesmente não entrava na história", declarou o diretor Bruno Barreto, que também lançou "Flores raras", com Glória Pires, neste ano.
 
Crô tenta ser cabeleireiro, cantor, estilista. Fracassa e nota que só é bom mesmo como mordomo
Em "Crô: O filme", após herdar a fortuna da patroa que idolatrava, Crô tenta seguir outras profissões, como cantor, cabeleireiro e estilista. No entanto, ele fracassa e percebe que a única função que desempenha bem é a de mordomo. Crô decide entrevistar candidatas a patroa para escolher qual merece seus serviços. "Se você vê uma novela e gosta de um personagem tanto quanto as pessoas gostaram do Crô, você se afeiçoa a ele, que entrou na sua casa todos os dias por nove meses. E, depois de dois anos, ele reaparece no cinema eu iria ver porque é como se um amigo seu viajasse e depois voltasse", diz Barreto.
 
Na comédia, Carolina Ferraz interpreta a vilã Vanusa, uma das candidatas a patroa de Crô e dona de uma fábrica de roupas que usa mão de obra escrava. "Achei o roteiro muito bom. O Aguinaldo [Silva] construiu uma personagem muito bem, com um desenho incrível. Ele me deu de presente. Acho que eu tive a inteligência de observar as nuances que ele escreveu nessa personagem e tentar transpor para o público", afirma a atriz.
 
G1

Redação

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