Os trabalhadores reivindicam um aumento de 15% nos salários para toda a categoria, além de cesta básica de R$ 380. Os empregados também pediram que os sábados fossem considerados dias livres, ou, no caso de trabalho, que fosse pago como hora extra, mas o pleito não foi aceito pela empresa.
O CCBM informou que, diante da não ocorrência de acordo, “está avaliando as medidas a serem tomadas”. A diretoria está reunida hoje para analisar a possibilidade de novas propostas. A data-base dos trabalhadores se encerra este mês.
O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada do Pará (Sintrapav), Roginel Gobbo, disse que os trabalhadores esperam que a empresa faça uma nova proposta. Ele garante que a greve está sendo feita de forma pacífica, sem nenhum incidente. “Estamos tentando direcionar para que o descontentamento seja só na parte econômica ou social, mas que isso não se transforme em atos como houve no passado”, disse Roginel Gobbo à Agência Brasil. Os empregados também aguardam que a empresa passe ao sindicato a relação dos serviços considerados essenciais (refeitório, transporte, segurança e alojamento) para determinar a volta de parte dos funcionários ao trabalho.
No ano passado, os operários de Belo Monte paralisaram as atividades durante 11 dias, pedindo o aumento no vale-alimentação e a redução do período entre as folgas para visitar a família. O Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região considerou a greve ilegal e determinou a volta ao trabalho.
Segundo o Sintrapav, o reajuste de 11% oferecido para a empresa foi para os trabalhadores que estão entre os níveis 1 e 4, o que envolve empregados das áreas de execução, área técnica e encarregados. Para os demais níveis, que inclui cargos de supervisor e gerente, o aumento oferecido chegou a 6,5%. Roginel Gobbo diz também que, em relação à cesta básica, foi oferecido entre 25% e 30% de reajuste, dependendo da categoria.
Atualmente, as obras de Belo Monte incluem três canteiros principais: Pimental, Canais e Diques e Belo Monte. Outros dois canteiros dão suporte às obras: Bela Vista e Infraestrutura. Todos estão com as obras paralisadas.
Agência Brasil