Cidades

PF cumpre mandados em casas de juiz Julier e presidente Detran

 
A assessoria da PF informou que o processo corre em segredo de justiça e, devido a isso, não poderia revelar o nome do magistrado. A operação ainda está em andamento. Não foi confirmado o que exatamente foi apreendido no gabinete do magistrado federal. Já o presidente do Detran confirmou, ao Gazeta Digital, que recebeu os agentes da PF. No entanto, negou ter qualquer tipo de participação no esquema fraudulento.
 
O presidente do Detran afirmou que jamais movimentou qualquer quantia financeira que não fosse o seu salário e que, embora possua cinco veículos em seu nome, mantém apenas dois, um deles financiado. "Tenho duas contas bancárias, uma desativada e outra em que recebo meu salário. Mostro meus extratos no momento em que for necessário".
 
Ele ainda negou qualquer vínculo com Julier ou outro magistrado. "Não sei qual é o magistrado citado no mandado que recebi, mas posso afirmar que desde que assumi o Detran jamais atendi algum juiz ou desembargador, estadual ou federal, em meu gabinete". Na casa de Castrillon, os policiais recolheram um notebook e algumas agendas. "Aqui no meu gabinete nada foi levado, eles vieram, olharam e saíram", disse ao site.
 
Conforme Só Notícias já informou, mais sete mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos. Eles foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região e são referentes ao inquérito judicial instaurado para apurar crimes contra a administração pública e lavagem de dinheiro (operação Ararath).
 
De acordo com informações da assessoria da PF, a investigação está tramitando no TRF 1ª Região em razão do possível envolvimento de magistrado nos fatos sob apuração, os quais guardam relação com a operação, deflagrada no dia 12 deste mês, por ordem da Justiça Federal da Seção Judiciária do Mato Grosso.
 
Na primeira vez, os policiais cumpriram nove mandados de busca e apreensão em Cuiabá e Várzea Grande e outros dois em Nova Mutum. A operação teve como objetivo desarticular uma quadrilha especializada neste tipo de crimes. Segundo investigações da PF, nos últimos seis anos, os acusados movimentaram mais de R$ 500 milhões. O grupo investigado usava empresas de factoring como fachada para conceder empréstimos, cobrando juros, para diversas pessoas físicas e jurídicas no Estado. A base operacional era uma empresa, em Várzea Grande, que oficialmente encerrou suas atividades em 2012.
 
O dinheiro era movimentado nas contas das factorings e outras empresas do grupo, entre as quais se encontra uma grande rede de postos de combustíveis da capital. O principal crime consiste no fato de que as empresas de factoring tem natureza estritamente mercantil, com a finalidade principal de assessoria e de compra de títulos de crédito, a fim de fomentar o comércio. Por isso mesmo, não têm autorização do Banco Central para conceder empréstimos, exigir garantias ou exercer quaisquer atividades exclusivas de instituição financeira.
 
Só Notícias
 

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Cidades

Fifa confirma e Valcke não vem ao Brasil no dia 12

 Na visita, Valcke iria a três estádios da Copa: Arena Pernambuco, na segunda-feira, Estádio Nacional Mané Garrincha, na terça, e
Cidades

Brasileiros usam 15 bi de sacolas plásticas por ano

Dar uma destinação adequada a essas sacolas e incentivar o uso das chamadas ecobags tem sido prioridade em muitos países.