A família, que mora em São Fidélis, no Norte Fluminense, abraçou a causa e apoiou a decisão da pequena que, apesar da pouca idade, deu uma lição de coragem. O pai, Nelson Marcos, que sempre admirou os cabelos compridos da filha, não pensou em discordar do pedido.
“Para nós, pais, não existe nada mais especial do que ver um filho tomando uma atitude tão pura na expectativa de ajudar alguém que ele nem conhece. Foi a Daniella que me explicou que era possível doar os cabelos para a produção de perucas. Ela disse que as crianças com câncer não gostavam de usar perucas com cabelos sintéticos", explicou a mãe, Joelana Alvarenga.
Dois dias depois do pedido, a mãe levou a pequena para o salão de beleza. “Eu não sabia que era para cortar tão curto. Depois que fiquei sabendo que o propósito era tão especial”, contou a cabeleireira Camila Crespaumer.
Com as mechas nas mãos e um sorriso no rosto, Daniella exibiu os cabelos que serão doados para o Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graac) em São Paulo.
“Eu vi na televisão as pessoas cortando os cabelos e percebi que podia fazer o mesmo. Pedi para a minha mãe. Ela deixou e eu fui cortar. Agora só falta ir no Correios para mandar os cabelos. Depois, eles vão fazer uma peruca com cabelos de verdade”, explicou a menina Daniella.
No último sábado (23), foi lançada a campanha do Graac para celebrar o Dia Nacional do Combate ao Câncer Infantil. Os personagens da Turma da Mônica ficaram “carequinhas”, como as crianças com câncer.
“É possível curar cerca de 70% dos casos. Então, para nós, é muito importante mostrar para as pessoas que devem ser solidárias a esses lutadores”, afirmou Sérgio Petrilli, superintendente médico do Graac.
G1