Veiculado pela publicação médica norte-americana "Pediatrics", o estudo aponta também que, em 2012, filmes com a classificação "PG-13", que nos Estados Unidos indica que ele não deve ser visto por crianças com menos de 13 anos de idade, tiveram mais cenas de violência envolvendo armas do que as produções "Rated R", recomendadas para maiores de 17 anos.
De acordo com os pesquisadores, os dados levantam temores sobre o efeito que essa exposição pode causar nos adolescentes, pois, segundo eles, outros pesquisadores já afirmaram que assistir a material violento pode aumentar a propensão dos menores de idade a cometerem agressões.
"Nós não estabelecemos uma conexão direta com o aumento de tiroteios em escolas e outros locais públicos, mas o aumento de violência armada em filmes certamente coincide com esses eventos", afirmou Daniel Romer, um dos coautores do estudo e diretor do Instituto de Comunicação Adolescente da Universidade da Pensilvânia.
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O estudo analisou a quantidade de violência com arma mostrada em 945 filmes de 1950 a 2012 –todos de uma lista dos 30 filmes mais assistidos de cada ano. Segundo o estudo, os personagens usam armas para matar pessoas de maneira mais frequente nas décadas mais recentes.
Segundo o estudo, a violência com armas duplicou desde 1950 considerados todos os filmes. Já nos filmes para adolescentes maiores de 13 anos, a quantidade triplicou a partir de 1985 –data em que a classificação "PG-13" foi criada.
Entre os filmes "PG-13" recentes analisados e considerados como tendo "muita violência com armas" estão "Batman – O Cavaleiro das Trevas", "Capitão América: O Primeiro Vingador", "A Origem", "Transformers: O Lado Oculto da Lua" e "Os Vingadores".
Em entrevista por e-mail à AFP, Romer destacou o fato de que filmes de franquias cujos primeiros títulos foram marcados como recomendados apenas para maiores de 17 anos tiveram as continuações liberadas para adolescentes.
"É chocante como o uso de armas disparou em filmes que são frequentemente direcionados ao público adolescente", disse Brad Bushman, também coautor do estudo e professor de comunicação e psicologia na Universidade Estadual de Ohio. "Parece que as cenas de sexo resultam mais em classificações para adultos do que cenas de violência", completou.
Cinema UOL