“Conto que os membros do Conselho Otan-Rússia [um fórum de cooperação para assuntos de segurança criado em 2002] vão responder de forma positiva se a ONU apresentar um pedido”, informou Rasmussen, em Bruxelas, na Bélgica, depois de discutir o assunto com os ministros da Defesa dos Estados-Membros da Otan e da Rússia, que não integra a Otan.
O representante da Aliança Atlântica assegurou que os países têm registrado o apelo amplo da ONU para que a comunidade internacional contribua nos trabalhos de controle e de eliminação do arsenal de armas químicas do regime sírio. Ele admitiu, no entanto, ainda ser prematuro falar sobre o tipo de contribuição que cada parte oferece e se tal apoio seria feito de forma coletiva ou individual.
Independentemente das eventuais contribuições, o secretário-geral da Otan ressaltou que as Nações Unidas e a Opaq devem continuar a liderar o processo de desarmamento e assegurar o cumprimento da resolução do Conselho de Segurança da ONU, cuja total implementação é considerada vital para a organização e para a Rússia.
Uma equipe de inspetores chegou à Síria no início de outubro para supervisionar a aplicação da Resolução 2.118 do Conselho de Segurança da ONU, que determina a destruição do arsenal químico sírio até o final de junho de 2014. Até ao momento, a missão esteve em 17 locais de armazenamento ou produção de armas químicas e, em 14 desses locais, foi feita a destruição de equipamentos para impedir que voltem a ser utilizados, segundo informação divulgada pela Opaq na segunda-feira (21). Até o dia 1º de novembro, os peritos esperam ter verificado todas as informações fornecidas pelo regime sobre o seu programa de armas químicas.
Agência Brasil