Na última segunda-feira (7), uma passeata que contou com milhares de pessoas na Avenida Rio Branco terminou em confronto no centro da cidade. Alguns manifestantes destruíram agências bancárias, além de lojas, sinais de trânsito, lixeiras e pontos de ônibus.
Assustados, alguns comerciantes da região disseram que ao primeiro sinal de tumulto durante o protesto, vão fechar as portas dos estabelecimentos. "Infelizmente temos que conviver com isso. Já virou rotina. Damos total apoio a luta dos professores, mas não podemos compactuar com esse quebra-quebra que estamos vendo em toda manifestação. Isso é ruim para todo mundo. Nós tomamos prejuízo, os clientes e os funcionários se machucam e nada é resolvido", reclamou o português Antônio Alves, proprietário de um restaurante ao lado da Câmara, há mais de 20 anos.
Para a Ivone Peixoto, gerente de uma loja de roupas localizada em torno da Cinelândia, o prejuízo total do estabelecimento desde do início das manifestações já ultrapassou R$ 50 mil. "A loja deixa de faturar a cada dia que fecha mais cedo, consequentemente nós também não ganhamos. Muitas funcionárias minhas estão pedindo para trabalhar em outras filiais, inclusive final de semana", contou a comerciante.
Os profissionais de educação farão uma passeata a partir das 17h, pela Avenida Rio Branco, em direção a Câmara de Vereadores, na Cinelândia. A coordenadora do Sindicato Estadual dos Profissionas de Educação (Sepe), Susana Gutierrez disse que a expectativa é a de que pelo menos 50 mil pessoas estejam presentes no ato de hoje.
"O protesto dos professores sempre é pacífico, nosso único intuito é manifestar nossa indignação contra o governo. Esperamos o apoio de todas as pessoas nessa luta diária em prol da educação", disse Susana.
Equipes do Ministério Público Estadual acompanharão o ato e registrarão o comportamento de manifestantes e policiais militares. Segundo a Polícia Militar, o policiamento será reforçado na região.
Agência Brasil