A informação foi dada nesta sexta (4) pelo comissário-geral da agência, Filippo Grandi, em visita ao Rio. Ele explicou que para pleitear uma cadeira no conselho é necessário que o candidato faça doações de US$ 15 milhões. O Brasil doou U$ 1 milhão em 2010, e US$ 7,5 milhões no ano passado.
Ele disse estar confiante na futura participação do Brasil como membro do conselho. “Não é apenas o dinheiro, queremos parceria. Queremos ouvir o Brasil sobre a questão dos refugiados palestinos, porque acreditamos que o Brasil tem potencial para prover fortes contribuições”, disse.
O coordenador-geral de Ações Internacionais de Combate à Fome do Ministério das Relações Exteriores, Milton Rondó, explicou que o governo enviará pedido ao Congresso Nacional para viabilizar a doação.
“O mais importante é fazer a contribuição para apoiar o trabalho da agência. Temos interesse em participar do conselho, pois nos dará um conhecimento maior sobre a situação e capacidade de influir positivamente”, disse.
Caso faça a doação, o Brasil será o primeiro país latino-americano e do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) a integrar o conselho.
Além de dinheiro, o Brasil enviará 11.500 toneladas de arroz para os cerca de 5 milhões de refugiados palestinos no Oriente Médio. A primeira remessa com 5,6 mil toneladas será embarcada no dia 15 de novembro.
O coordenador-geral Filippo Grandi foi recebido pelo vice-presidente, Michel Temer, ministros e parlamentares em Brasília. Ele esteve no Rio Grande do Sul e em São Paulo, onde participou de campanha para arrecadar fundos para as ações da agência.
Agência Brasil