Os empresários nunca tiveram crise nesse mercado. Desde o início, em 2005, crescem 30% ao ano. O investimento inicial foi de R$ 100 mil para desenvolver os produtos. Marcelo e Hugo terceirizavam toda a fabricação, mas, aos poucos, investiram em maquinário. O rumo do negócio mudou e hoje eles produzem tudo o que vendem. A empresa fica em São Carlos, no interior de São Paulo, em uma área de três mil metros quadrados.
As pesadas peças são transportadas com guincho. A máquina de fazer molde custou R$ 300 mil. Para quem se encontra num estágio mais avançado do negócio, o equipamento pode ser decisivo. Com ele, os empresários já fizeram mais de 60 moldes.
Com os moldes próprios, fica mais fácil produzir em série. Esse é o setor de injeção. Nele, o plástico em grãos é despejado na injetora, aquecido e ganha forma no molde. Cada “fornada” leva 40 segundos. Os ossinhos de borracha ficam tentadores com os aromatizantes misturados à matéria prima.
Em outro setor da fábrica, são feitas as guias para os cachorros, em diversos tamanhos e cores. As trançadeiras enrolam os fios de nylon sem parar, e fazem 1.200 guias por dia. Todo mês, a fábrica lança dois produtos novos.
“A gente viaja muito, participa de muitas feiras, participamos de feira na Alemanha, Estados Unidos, então a gente busca as tendências de mercado, as ideias, trazemos para nossa empresa, desenvolvemos os projetos para lançar produtos novos e aumentar nosso faturamento”, disse o empresário Hugo Martins.
A variedade de itens atrai clientes. Em um pet shop visitado pela reportagem, os produtos da fábrica representam 30% do faturamento. A dona da loja, Sigrid Celloni, vende 300 peças por mês.
“Por ela fornecer quase tudo que a gente precisa aqui na loja de acessórios, brinquedos,né, então é muito melhor, comprar num lugar só”, disse Sigrid.
No último ano, a fábrica de Marcelo e Hugo faturou R$ 4,8 milhões. “Hoje, o Brasil tem mais de 50 mil pet shops. E nós estamos em 10 mil pet shops, então tem um mercado muito grande ainda para crescer”, disse Hugo.
G1