Cidades

Reunião discute oferta de trabalho para presos

 
O empresário é dono de três fábricas e disse que atualmente tem déficit de aproximadamente 50 funcionários. Diante da escassez de recursos humanos para trabalhar nas indústrias, Ayres Santos destacou que viu na cadeia uma possibilidade de resolver o problema das indústrias e ainda proporcionar a inclusão social dos presos, qualificação da mão de obra e remição da pena.
 
Ao final da reunião, o juiz titular da Vara de Execuções Penais, Abel Balbino Guimarães, apontou que quaisquer das três possibilidades ofertadas pelo empresário são importantes e representam muito para o sistema penitenciário, para os reeducandos e para a própria sociedade. O preso terá a oportunidade de ocupar o tempo, ser remunerado, aprender um ofício e ainda remir pena.
 
A primeira opção é levar os presos para trabalhar nas indústrias, com prévia seleção dos interessados e de acordo com o perfil. A segunda é a aquisição de um terreno próximo à cadeia e a construção de um pavilhão para que eles desenvolvam as atividades no local. A última é aguardar a licitação que será realizada pela Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) até o final do ano para escolha de interessados em construir um barracão ou uma oficina dentro da unidade prisional para ofertar trabalho aos presos.
 
Santos garantiu que vai estudar as três possibilidades e acredita que uma delas atenderá a demanda. Ponderou que neste primeiro momento pode até mesmo inserir alguns detentos entre os funcionários para ajudar nas atividades das fábricas. “Precisamos analisar bem as propostas e ver qual é a mais viável. Pelo que conversamos na reunião, é uma parceria que dará certo”.
 
No entendimento do promotor de Justiça Luciano de Oliveira, iniciativas como a do empresário são de suma importância para promover a qualificação dessa mão de obra que fica parada dentro da cadeia. Ele garantiu que os presos demonstram interesse em trabalhar, mas existe a carência de oferta de serviços. “A sociedade também precisa estar presente nesta etapa de ressocialização e é isso que essa empresa está fazendo”.
 
A presidente da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil de Várzea Grande, Flávia Moretti, também aprovou a ideia e apontou a importância do envolvimento da sociedade como um todo no processo de reinserção de presos no meio social. Assim como o juiz, lembrou da qualificação da mão de obra e a remição de pena, que melhoram a auto-estima dos detentos.
 
 
 
Da Assessoria

Redação

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