Economia

Protesto em apoio à Telexfree fecha acessos ao aeroporto de Brasília

 
O protesto começou com uma carreata e se transformou em um bloqueio das vias, nos sentidos de entrada e saída do terminal. Às 11h, o engarrafamento na região por causa do protesto começava na altura do balão do aeroporto e causava reflexos em várias outras vias de acesso a Brasília, como a EPGU. Por volta das 11h30, os manifestantes liberaram uma faixa de cada sentido da via.
 
A empresa está sendo investigada pelo Ministério Público em vários estados, por suspeita de operar um esquema de pirâmide financeira, considerado crime contra a economia popular. Os divulgadores da empresa alegam que a Telexfree sempre honrou seus compromissos. A empresa já recorreu das decisões da Justiça que impediam o funcionamento da empresa em alguns estados, como o Acre.
 
Cerca de 700 manifestantes participavam da manifestação por volta das 11h. Com faixas e cartazes, o grupo fechou as vias de acesso ao aeroporto. Com isso, passageiros deixavam os carros e táxis seguiam a pé para o  terminal, carregando as malas para não perder os voos. Ao meio-dia, os manifestantes liberaram o acesso ao aeroporto e seguiram em carreata com cerca de 50 veículos para a região central de Brasília.
 
Segundo o Ministério Público, a Telexfree utiliza como “disfarce” um tipo de estratégia empresarial conhecido marketing multinível, quando ocorre a distribuição de bens e serviços e divulgação dos produtos por revendores independentes que faturam em cima do percentual de vendas. A Polícia Federal informou no início do mês que abriria uma investigação para apurar as suspeitas de atividades ilegais da empresa Telexfree (Ympactus Comercial LTDA). A determinação foi encaminhada pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. A pasta já havia anunciado, em junho, a instauração de um processo administrativo contra a companhia.
 
Desde o início do ano, a Secretaria Nacional do Consumidor apura denúncias contra a Telexfree encaminhadas pelos Procons estaduais e pelo Ministério Público do Acre. O Ministério da Justiça também analisa a suspeita de ofensa ao Código de Defesa do Consumidor, como falta de boa-fé nas relações de consumo e publicidade enganosa.
 
Em entrevista o advogado da empresa, Horst Fuchs, negou qualquer ocorrência de fraude ou prática de pirâmide financeira. "Vamos nos defender e colaborar com todas as investigações, como sempre fizemos, para mostrar que o que a Telexfree faz não é pirâmide e sim marketing de rede", disse o advogado". Já faz um ano que a empresa está sendo investigada, mas a questão é que não há no país uma legislação que trate de marketing de rede. Por isso, exortamos que o Congresso legisle sobre esta matéria", acrescentou.
 
 
 
 
 
 
Fonte: G1
Foto: Reprodução
 

Redação

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