Segundo o tenente-coronel Maurício Gouvêa, que comanda a ação policial, duas pessoas foram detidas. Em alguns momentos, os policiais chegaram a usar spray de pimenta para reprimir os ativistas. Uma vidraça do prédio também foi quebrada.
Os ativistas participam de um protesto que pede recursos para educação, saúde, passe livre no transporte público e contra os gastos públicos na Copa das Confederações e do Mundo (2014), entre outras reivindicações. A manifestação ocorre simultaneamente em várias outras cidades do país, como em Belo Horizonte, São Paulo, Natal, Belém, Campinas, no Rio de Janeiro e em Florianópolis.
Por volta das 19h30, o plenário do Senado encerrou suas atividades em virtude dos protestos. Alguns senadores chegaram a tentar negociar com manifestantes, sem sucesso.
O estudante Wellington Fontenelle, um dos organizadores do protesto, disse que a intenção da manifestação não era invadir a sede do Legislativo e que o movimento não representa o grupo que ocupa da rampa e a cúpula.
No ato, os principais gritos de guerra eram contra a presidente Dilma Rousseff e contra o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). Voltados em direção ao Palácio do Planalto, os integrantes do protesto gritaram "Isso é só o começo" e cantaram "Que país é esse", música da banda Legião Urbana.
Outros políticos também foram alvo das reclamações. Era possível ouvir gritos de "Fora, Sarney" e "Fora, Renan".
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Também houve gritos contra os PMS — "ei, polícia você está do lado errado" — e contra a Copa do Mundo de 2014 — "Copa do Mundo, eu abro mão. Quero dinheiro na saúde e educação".
Com cartazes, faixas e bandeiras do Brasil, o protesto por volta das 17 horas, no Museu da República, no início da Esplanada dos Ministérios. Durante a caminhada, mais pessoas foram aderindo à manifestação, que ocupou todas as faixas da Esplanada.
O protesto foi organizado pelas redes sociais. Na chegada ao Congresso, um grupo chegou a invadir o espelho d'água em frente ao prédio.
Segundo a PM do Distrito Federal, cerca de 5.000 pessoas participam do protesto e havia, inicialmente, 400 policiais no local. Mas após a invasão do Congresso, a Secretaria de Segurança Pública do DF afirmou que mais 3.500 PMs estão sendo deslocados para o local para "proteger os prédios públicos". O reforço policial conta com homens da Tropa de Choque, da Rotam e da cavalaria.
Procurado pela reportagem do UOL, o governador do Distrito Federal afirmou, através de sua assessoria de imprensa, que não iria se manifestar.
Fonte: Uol
Foto: Reprodução