Nacional

RioFilme vai financiar produção de conteúdo para TV por assinatura

De acordo com o diretor-presidente da RioFilme, Sérgio Sá Leitão, o programa está relacionado à Lei nº 12.485, chamada Lei da TV Paga, que instituiu cotas semanais mínimas de três horas e meia, em horário nobre, para a veiculação de conteúdos produzidos no Brasil. A regra está em vigor desde setembro de 2012 e define também que metade desse conteúdo seja feita por produtoras independentes, além de obrigar a criação de canais de conteúdo majoritariamente nacional.

Leitão explica que a linha de investimento é do tipo reembolsável automática, na qual a RioFilme se associa ao agente que recebe o recurso e faz jus a uma participação nas receitas do projeto investido. “Esses projetos são selecionados por critérios econômicos, relacionados à performance ou ao desempenho da produtora ou distribuidora. A linha é de fluxo contínuo, nós vamos entrar com R$ 1 para cada R$ 1 que um canal de TV paga colocar em um projeto de série de TV de uma produtora do Rio de Janeiro.” Há um limite de R$ 1 milhão por projeto e as inscrições começam em 25 de março.

O programa foi lançado durante o Rio Content Market, um dos principais eventos de conteúdo multiplataforma da América Latina. Leitão também apresentou um balanço dos resultados da RioFilme de 2009 a 2012 e o plano completo de investimento de 2013.

“Esse plano prevê investimento total de R$ 48,3 milhões, sendo R$ 32,8 [milhões] de recursos próprios da RioFilme, R$ 1,5 [milhão] do Canal Brasil, que vai coinvestir com a gente em documentário para TV, e R$ 14 [milhões] do Funcine Rio 1, que é um fundo de investimento que a gente coordena e tem recursos do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social], da InvestRio, da Firjan [Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro] e da própria RioFilme."

Outra linha de investimento é para produção de filmes de longa-metragem, também com R$ 10 milhões. “Eles são alocados de acordo com o desempenho dos filmes dessas produtoras e distribuidoras no mercado de cinema em 2011 e 2012˜, explicou Leitão.

Foi lançado ainda o programa de editais da RioFilme, com inscrições de projetos a partir de 11 de março. “São investimentos não reembolsáveis em cinema e TV via editais, que têm R$ 11,5 milhões em sete linhas. Nesse caso, a RioFilme não faz jus a uma participação nas receitas e os projetos são selecionados por critérios culturais e sociais.”

Segundo Leitão, os valores investidos devem subir, já que, ao longo do ano, a empresa recebe recursos de receitas que são 100% reinvestidos nos projetos. No ano passado, a RioFilme investiu um total de R$ 50 milhões.

Outro projeto anunciado é um programa de capacitação profissional, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), com investimento de R$ 1,1 milhão para 1,1 mil vagas em 50 cursos da área de audiovisual. Na primeira edição do programa, em 2012, foram 350 vagas. “O objetivo é capacitar mão de obra técnica para a indústria audiovisual, visando não só à expansão do mercado de cinema e TV, mas também às Olimpíadas e à Copa do Mundo, porque esses eventos vão gerar uma demanda por profissionais dessa área muito grande.”

De acordo com Leitão, a estimativa é que, com a vigência plena das cotas na TV paga, a demanda por conteúdos nacionais cresça dez vezes, saltando de 200 horas de programação nacional para pelo menos 2 mil horas nesse processo de vigência das cotas. “Isso vai representar um aumento exponencial em produção independente para TV paga. Vai saltar de R$ 120 milhões em 2012 para R$ 1,7 bilhão em 2016. É realmente muito significativo. E o nosso objetivo com essa linha é tentar fazer com que boa parte desse conteúdo seja feita no Rio de Janeiro, por empresas cariocas, para que a gente possa gerar emprego e renda aqui no Rio.”

Fonte: Agência Brasil

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Nacional

Comissão indeniza sete mulheres perseguidas pela ditadura

“As mulheres tiveram papel relevante na conquista democrática do país. Foram elas que constituíram os comitês femininos pela anistia, que
Nacional

Jovem do Distrito Federal representa o Brasil em reunião da ONU

Durante o encontro, os embaixadores vão trocar informações, experiências e visões sobre a situação do uso de drogas em seus