A presidente Dilma Rousseff já afirmara, no início do mês, que até março o governo acabaria com a miséria cadastrada.
Mas, como a Folha mostrou no sábado, o Ministério do Desenvolvimento Social estima que ainda continuam fora do cadastro oficial cerca de 700 mil famílias miseráveis –coincidentemente, o mesmo número de pessoas que serão resgatadas pela medida a ser anunciada hoje: cerca de 2,5 milhões.
Para que a presidente cumpra sua promessa de "erradicar" a miséria, essas pessoas ainda têm de ser achadas e cadastradas, para só então receberem as transferências de renda. O governo vem batendo suas metas de cadastro.
A mudança de hoje é a sexta realizada pela gestão Dilma para erradicar a miséria –pelo critério oficial, garantir uma renda mínima acima de R$ 70 por mês a todos os brasileiros.
Desde que a presidente assumiu, os programas sociais sofreram repetidas mudanças, sempre buscando aumentar o número de pessoas atendidas.
Segundo o governo, as alterações fizeram com que 19,5 milhões dos pouco mais de 22 milhões de pessoas miseráveis constantes do Cadastro Único no início de 2011 saíssem da miséria desde então.
Três das medidas ocorreram naquele ano e fizeram com que 3,1 milhões dos extremamente pobres deixassem essa condição: reajustes do Bolsa Família, ampliação dos benefícios do programa e a previsão de que gestantes e nutrizes pudessem recebê-lo.
Em 2012, o Brasil Carinhoso, que prevê um repasse para que a pessoa deixe a miséria, atingiu 16,4 milhões de cadastrados –foi ampliado para famílias com filhos de até 15 anos.
Fonte: FOLHA.COM