Para a Conab, a relação deve ser de 40,9 milhões de toneladas para a 'safrinha' ante as 35,1 milhões de toneladas estimadas em primeiro ciclo. Já para o instituto, espera-se uma produção de 36,1 milhões de toneladas em 1ª safra e 38,1 milhões de toneladas para 2ª safra.
De acordo com o IBGE, a perspectiva para 2013 é que a 2ª safra seja superior à 1ª com participação de 51,3% daquela contra 48,7% desta, tal como em 2012, primeiro ano da história em que a 2ª safra superou a 1ª.
Para o supervisor de Pesquisas Agropecuárias do IBGE em Mato Grosso, Pedro Nessi Júnior, o crescimento na segunda safra do cereal está associada, em partes, a fatores mercadológicos englobando o cereal e a soja. Ou seja, atraído por preços remuneradores o produtor optou pela oleaginosa e não o milho primeira safra.
"Como os preços estão bons o produtor plantou soja primeiro e por isso reduziu a área do milho em primeira safra. Mas é válido lembrar que estamos em um momento crítico da safra e essas áreas de milho segunda safra só serão confirmadas se conseguirmos colher a soja e haver clima favorável", enfatizou ao Agrodebate.
A área da até então 'safrinha' de milho também cresceu na temporada 2012/13. Segundo a Conab, passou de 7,6 milhões de hectares para 8,2 milhões de hectares, alta de 8,5%. Já para o IBGE, os espaços plantados e colhidos foram estimados em 7,9 milhões de hectares, com aumentos de 7,3% e 9,5%, respectivamente, em comparação ao ano anterior.
Mas, ao mesmo tempo em que se prevê crescimento em produção e área, o rendimento desta temporada promete ser menor. Somente o IBGE projeta um recuo de 9,3% (4.799 kg/ha), demonstrando cautela dos informantes que não acreditam em condições climáticas tão boas quanto em 2012.
Fonte: PrimeiraHora | Agrodebate