Reduto bolsonarista nas eleições de 2022, Mato Grosso foi o estado que mais enviou caminhões para os atos antidemocráticos de 4 de novembro, em Brasília, contra o resultado do 2º turno das eleições presidenciais. Dos 272 veículos que participaram, 136 saíram do território mato-grossense.
Informação consta nos dados da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) enviados à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro, no Congresso Nacional, e divulgados pelo portal Metrópoles.
Além de Mato Grosso, os estados da Bahia (56), Goiás (46) e Paraná (26) representam 93% do total de caminhões encaminhados para Brasília e que permaneceram estacionados em frente ao quartel-general do exército, no setor militar Urbano (SMU) da Capital federal
Estado líder do agronegócio deu 65% dos votos para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no 2º turno da disputa presidencial. Já em relação à Câmara Federal, o estado elegeu 6 deputados que apoiaram Bolsonaro, além da reeleição do senador Wellington Fagundes (PL).
Deputada federal Coronel Fernanda (PL) é investigada no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de ser uma das financiadoras dos atos golpistas de 8 de janeiro. Outro investigado é Antônio Galvan, presidente da Aprosoja Brasil, que foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal em 2021, acusado de mobilizar e financiar a manifestação de 7 de setembro que pedia intervenção militar.
Mato Grosso também tem vários denunciados e réus que foram presos durante os atos golpistas de 8 de janeiro por invasão a sede dos 3 Poderes, depredando prédios do Congresso Nacional, STF e Palácio do Planalto.
Golpistas saíram do quartel do Exército rumo aos 3 Poderes. No dia 9 de janeiro, todas as pessoas que estavam no acampamento foram presas. Entre eles, uma centena de mato-grossenses.